Nícolas Borges
Moab, EUA – Poucos veículos são tão emblemáticos como ele. Além de ajudar os Aliados a ganharem a 2ª Guerra Mundial e ter originado uma família de produtos que existe até hoje, o termo jipe, versão aportuguesada de seu apelido (Jeep), virou sinônimo de off-road. Estamos falando do Willys-Overland MB, que teve um exemplar 1944 avaliado pelo JC.
A unidade, que faz parte do acervo do grupo Chrysler, foi muito bem tratada pela reportagem. Mas se este MB falasse, ele provavelmente diria algo como “Não se preocupe, já estive na guerra. Passear com jornalistas é moleza.”
E foi mesmo. Seu excelente estado geral dá muita confiança a quem o dirige. Até o velocímetro funciona. Mas o carro mal passou das 20 milhas horárias (equivalentes a 32 km/h).
Claro que há alguns macetes: para dar a partida, por exemplo, é preciso, além de girar uma chave, pisar em um pequeno botão no assoalho, abaixo do painel. A posição é estratégica, pois ele é acionado com a ponta do pé direito, enquanto o calcanhar dá umas rápidas aceleradas para fazer o motor pegar.
Já manusear o câmbio exige alguma prática. Além de a primeira marcha ficar para baixo, engatar a segunda sem “arranhar” é uma arte. A alavanca é meio “boba” e não prima pela precisão. Já a terceira e última marcha é mais amigável.
Faz par à rústica transmissão o robusto motor “Go Devil” (“Vai Diabo”), a gasolina, de quatro cilindros, comando lateral de válvulas e 60 cv. Pau para toda obra, como todo o resto.
Viagem feita a convite da Jeep