LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
Pegue as características que fazem do Mini o carro ideal para o entusiasta – direção rapidíssima, suspensão firme e bom motor em um pacote miniatura, leve e bom de guiar – e dê uma boa mexida para ganhar força. Ah! Remova a capota, para dar mais emoção. O resultado é o conversível John Cooper Works, cujo motor quatro-cilindros 1.6 tem 211 cv de potência.
O carro é uma das melhores formas de diversão que o dinheiro pode proporcionar. Andamos em uma das poucas unidades vendidas no País (foram 20 em 2011 e apenas 4 este ano). Fora do catálogo da importadora, era tabelado em R$ 149.500. Agora a marca estuda se trará a linha 2013 do conversível ou se oferecerá um kit de preparação para o Cooper S – que tem câmbio automático de seis marchas.
Será um revés para o Mini. É que a caixa manual de seis marchas responde por boa parte do prazer que o conversível oferece, com sua dirigibilidade natural, sem frescuras. Lembra um kart.
A receita é assinada pela John Cooper Works, desde 2007 a preparadora oficial da Mini.
Seus vários recursos eletrônicos de segurança, como controles de estabilidade e tração, são ajustados para uso “em pista de corrida”. Só interferem quando é realmente necessário, deixando o motorista se divertir bastante.
Além da eletrônica, a JCW coloca alguns adereços externos, deixa a suspensão mais firme e eleva a pressão do turbo de 0,9 para 1,3 bar. Mesmo com a capota fechada ouve-se bem o ronco ríspido e forte do quatro-cilindros, que instiga a continuar acelerando – o que vai aumentar o ronco, numa ciclo de provocação.
Como que nascido para estradas sinuosas, o Mini tem controle eletrônico do diferencial (o ABS freia a roda que gira em falso), o que ajuda a ganhar velocidade na saída de curva. Os pneus de perfil baixo (205/45 R17) transmitem a sensação de se estar correndo descalço sobre pedras, de tão sensível que é o conjunto.
A posição de dirigir é simplesmente perfeita. Os pedais têm tamanho e altura ideais (o que ajuda na hora de andar rápido).
Os defeitos? Ele foi feito para motorista e passageiro. O espaço para os dois ocupantes do banco de trás é minúsculo.
Seu porta-malas também é reduzido: são 125 litros. E na unidade avaliada havia uma família de “grilos” no interior, com vários e fortes rangidos gerados pela trepidação e a capota.
(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)