Avaliação: picape Mahindra é para racionais

Tabelada a R$ 61.900, mpdelo médio é o mais barata do Brasil em seu segmento

Por 08 de out, 2014 · 5m de leitura.

Na versão de cabine simples, a Mahindra Pickup é a picape com motor a diesel mais em conta do País. Tabelado a R$ 61.900 – além dos R$ 3 mil cobrados pela caçamba de madeira -, o modelo importado da Índia e montado em Manaus ganhou motor adequado às normas de emissões Euro 5, vigente no Brasil desde o ano passado.

O quatro-cilindros de 2,2 litros e 120 cv é ruidoso e oferece bom torque. São 29,5 mkgf a baixos 1.600 rpm. Mesmo tendo tração 4×2, a picape vai bem no uso urbano e vence terrenos íngremes sem dificuldade. Já o câmbio de cinco marchas tem engates duros e difíceis.


A direção com assistência hidráulica facilita as manobras de estacionamento. Mas, como a picape é leve e tem respostas lentas, o sistema é pouco preciso em altas velocidades. A suspensão, bem acertada, mostra maciez quando necessário sem abrir mão da firmeza. Um dos pontos fortes é que, mesmo com a caçamba vazia, os ocupantes não sentem muitos solavancos na cabine.

Faz falta o controle de estabilidade. Ao trafegar em locais com piso de baixa aderência com a caçamba vazia, o utilitário apresenta tendência a sair de traseira, escapando da trajetória quando se pisa mais firmemente no acelerador.

A Pickup também peca por oferecer baixo nível de conforto ao volante e ergonomia pouco funcional. Os pedais, por exemplo, ficam muito distantes dos pés do motorista, mesmo com o banco regulado corretamente.


Os ajustes da altura do volante, por meio de alavanca, são duros. Nele há até botões para comandar o rádio, mas as respostas são pouco precisas – algumas vezes, simplesmente não funcionam.

Apesar desses “escorregões”, a picape tem cabine bem construída e poucas rebarbas no acabamento. O velocímetro tem grafia em milhas e quilômetros por hora. A medida inglesa é em vermelho e a usada no Brasil, em branco. De série há ar-condicionado, toca-CDs, direção com assistência hidráulica, trio elétrico e controlador de velocidade de cruzeiro.

Preços. Na tabela, a Mahindra é imbatível. A Chevrolet S10 parte de R$ 98 mil na versão equivalente, mas com caçamba de aço. A Toyota Hilux sai por R$ 89.750 com chassi e R$ 95.500 com caçamba, mas tem tração 4×4.


Comparada à das rivais, a apólice da Mahindra não é cara, mas representa mais de 10% do valor do veículo. Um homem de 45 anos que mora no centro da capital e usa o carro para o trabalho pagará R$ 6.366, segundo a Liberty Seguros.

Prós

BOM TORQUE


Motor está longe de ser um exemplo de eficiência, mas deixa modelo ágil na cidade.

Contras

ERGONOMIA


Posição de guiar é ruim e os pedais ficam longe dos pés, mesmo ajustando o banco.

Ficha Técnica

Motor: 2.2, 4 cil, 16V, turbodiesel


Potência (cv): 120 cv a 4.400 rpm

Torque (mkgf): 29,5 a partir de 1.600 rpm

Câmbio: Manual, cinco marchas


Capacidade de carga: 1.205 quilos