Avaliação: RAV4 seduz pelo bom conjunto

Por 11 de jun, 2013 · 3m de leitura.

Diego Ortiz

A versão de entrada da nova geração do Toyota RAV4, tabelada a R$ 96.900, comprova que relacionamentos baseados na mesmice não duram. Com motor 2.0 a gasolina de 145 cv, câmbio CVT e tração dianteira, o utilitário-esportivo japonês é um primor em termos de construção e bom em quase todos os aspectos, mas não empolga.

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Embora seu visual tenha melhorado muito em relação ao do anterior, o modelo deve agradar principalmente os mais racionais. O propulsor, que funciona muito bem no Corolla, não casa bem com os 1.525 quilos do RAV4 – o sedã é 240 quilos mais leve.

No modo sequencial, a transmissão de relações continuamente variáveis, que simula sete marchas, faz um trabalho impecável, mas não consegue dar a agilidade que o jipe precisa. O resultado é a falta de disposição principalmente nas retomadas.


Em compensação, em velocidade de cruzeiro o RAV4 encanta. O silêncio impera a bordo e há amplo espaço para cinco.
O motorista fica em posição muito cômoda graças ao assento largo e os comandos de acionamento do som e do ar-condicionado estão à mão. Aliás, no geral o acabamento da cabine agrada. Segue o padrão da Toyota, que prima pela funcionalidade em detrimento do luxo.

Com boa calibração, a suspensão proporciona estabilidade e mantém o carro firme. Mesmo em curvas fechadas, os pneus se negam a “cantar”, o que indicaria perda de aderência. Os freios poderiam ter mais assistência. Mas não chegam a comprometer a segurança.