DIEGO ORTIZ
No Brasil, motor flexível é sempre um bom apelo. Melhor para o Kia Sportage, único sul-coreano do segmento com a tecnologia. A partir de R$ 90.900 (tração 4×2 e câmbio manual), seu propulsor 2.0 16V gera até 178 cv de potência e 21,4 mkgf de torque com etanol. São 12 cv e 1,3 mkgf, respectivamente, a mais que a versão anterior, só a gasolina.
Em movimento, o desempenho do jipe é bom, mas está longe de ser excelente. A força cresceu pouco e a maior potência só é percebida em altas velocidades. Em arrancadas e ultrapassagens ficou tudo igual.
Ao acelerar forte, o Sportage reclama e responde de forma áspera. No motor a gasolina, o funcionamento era mais suave.
O câmbio manual passou a ter seis velocidades (eram cinco). Essa caixa deu mais dinamismo ao Kia, mas a sexta funciona como um overdrive – é boa em estradas. Na cidade é praticamente impossível engatá-la. Também com seis marchas, a automática proporciona comportamento correto e suave, ainda mais no modo sequencial.
Da dirigibilidade, a melhor notícia é a adoção da direção elétrica, no lugar da hidráulica. Bem balanceada e precisa, permite usufruir a boa estabilidade do Sportage, que não foi prejudicada pelo aumento do diâmetro das rodas, de 17 para 18 polegadas. O prejuízo ocorreu no arrasto dianteiro, uma vez que o carro está mais alto. Agora, a partir de 100 km/h, o Kia flutua um pouco mais em linha reta.
Bem equipado, o jipe tem ar-condicionado, air bag duplo, freios com ABS e EBD, sensor de obstáculos na traseira, toca CD’s com MP3, entrada USB e controles no volante, entre outros. A versão de topo inclui câmera traseira com tela de 3,5”, bancos de couro, teto solar panorâmico, air bags laterais e cortina, tração 4×4, além de controle de tração e de frenagem em declives. Nesse caso a tabela é de R$ 113.400.