EZEQUIEL DARAY/Car News – Saint-Tropez (França)

No saguão do hotel onde ocorreu o lançamento da sétima geração do VW Golf GTI, tive uma surpresa enquanto pensava em lugares na região para avaliar os 230 cv da versão esportiva, que deve chegar ao Brasil este ano. Conversando com o piloto alemão Klaus Niedzwiedz, várias vezes vencedor da 24 Horas de Nürburgring, ele me convidou para acompanhá-lo a seu “autódromo particular”, uma estrada exclusiva para caminhões. “É domingo e hoje eles não circulam por lá”, explicou.

Após uma hora de viagem em direção a Nice, passamos por uma montanha e chegamos a um trecho de um quilômetro com subidas, descidas, curvas rápidas, retornos… Como chovera mais cedo, o asfalto estava úmido e com um pouco de terra vinda das encostas. Não havia lugar melhor para provar os avanços do Golf GTI, especialmente o bloqueio de diferencial e a relação progressiva da caixa de direção..

O primeiro faz com que o carro “escolha automaticamente” o quanto irá acelerar cada roda dianteira quando está contornando uma curva rápida. Ao virar à direita, por exemplo, a roda esquerda gira mais. A outra novidade tornou a direção mais direta em altas velocidades – houve redução de quase meia volta quando o volante é girado até o batente.

Com o câmbio automatizado de seis marchas e duas embreagens no modo manual, deu para perceber que a aceleração é boa para a cilindrada do motor (2.0 turbo). Em cada troca de marcha surge uma “explosão” vinda do escape.

Acelerei forte na subida, engatei a quarta marcha e contornei uma curva que me intimidava. A parede da montanha se aproximava rapidamente e tomei um susto. Antes que pudesse corrigir a trajetória, a eletrônica colocou o VW nos trilhos.

Repeti a tentativa várias vezes. Em todas o GTI escapava, mas foi só continuar acelerando para o carro retomar o curso por si só e com segurança.