Se você olhou para as fotos desta L200 Triton e achou que se trata da picape vendida aqui desde 2008, está enganado, mas tudo bem. Das atualizações feitas na quinta geração (quarta no Brasil) do modelo da Mitsubishi, que tem tabela a partir de R$ 131.990 e ganhou sobrenome Sport, o visual foi a menor.
Produzido em Catalão (GO), o utilitário é completamente novo, mas as linhas são semelhantes às da geração anterior, exceto pelos faróis e lanternas, que ganharam desenho mais invocado, grade e caçamba mais alta.
São três versões: GLS com câmbio manual de seis velocidades, HPE, a R$ 164.990, e HPE Top, a R$ 174.990. Essas trazem o automático de cinco marchas.
A nova L200 conviverá com a geração antiga – Outdoor e Savana – e isso deixa ainda mais claro que o visual atualizado está longe de ser revolucionário. Por dentro, o acabamento é bom, mas não se destaca pelo esmero e nem por detalhes que saltem aos olhos. O painel de instrumentos tem fácil visualização, mas a tela digital poderia ter luminosidade mais intensa.
A versão avaliada, de topo, vem de série com itens como faróis bixenônio com LEDs de uso diurno, estribos laterais, ar-condicionado digital de duas zonas, protetor de caçamba, sete air bags, controles de tração e estabilidade, banco do motorista com regulagem elétrica, partida sem chave e auxílio em rampa, central multimídia com navegador GPS e sistema Isofix de fixação de cadeirinhas.
A maior novidade da L200 está no trem de força. O motor 2.4 turbodiesel de 190 cv de potência e 43,9 mkgf de torque substitui o antigo 3.2 de, respectivamente, 180 cv e 38 mkgf. A tração, acionada por um seletor no console, pode ser 4×2, 4×4, 4×4 com bloqueio de diferencial e 4×4 com bloqueio e reduzida.
Com mais força que o anterior, o quatro-cilindros move melhor a picape tanto no asfalto quanto no off-road e, por girar de modo suave, tornou a L200 também mais silenciosa.
Em retomadas e acelerações, falta alguma agilidade, mas isso cai na conta do câmbio de cinco marchas. Há opção de trocas manuais mas, como as aletas são fixas e não acompanham o movimento do valente em curvas, é mais fácil usar a alavanca.
A direção com assistência hidráulica tem boas respostas e raio de giro, mas poderia ser mais direta. A posição de guiar agrada, já as pernas ficam muito dobradas (a 90º) por causa do assoalho alto. Aliás, como o túnel central atrapalha, só quatro adultos viajam com conforto.
As suspensões, independente na frente e com eixo rígido atrás, foram recalibradas. Além de reduzir a rolagem da carroceria em curvas, quem vai sentado atrás agora é menos “jogado” para os lados quando a picape roda sobre pisos acidentados.