Avaliamos o Ford Fusion híbrido

Sedã híbrido começa a ser vendido no Brasil em novembro. Modelo da Ford combina bloco a combustão de 2,5 litros de 158 cv com motor elétrico de 40 cv. Consumo médio declarado pela fábrica é de 16,6 km/l

Por 25 de ago, 2010 · 5m de leitura.

Carlos Cereijo

Dearborn, EUA- O Ford Fusion Hybrid estará no Salão do Automóvel, a partir de 27 de outubro – as vendas começam em seguida, com entrega das primeiras unidades em dezembro. O preço não foi divulgado, mas segundo fontes ligadas à montadora, o sedã híbrido, que combina motor a combustão e elétrico, custará cerca de R$ 110 mil (a versão a gasolina mais cara oferecida no Brasil atualmente é a V6, tabelada a R$ 101.400).

Ford Fusion Hybrid chega no final de 2010

Ford Fusion Hybrid chega no final de 2010

Nos primeiros meses, só distribuidores da região Sudeste e parte da Sul poderão vender o híbrido. Avaliamos o sedã em uma pista da Ford nos EUA. As semelhanças entre o Fusion “verde” e o com motor a combustão ficam restritas ao visual. O motor 2.5 quatro-cilindros a gasolina tem uma calibração diferente da do modelo “normal”. Esse ajuste, chamado de ciclo Atkinson, atrasa o fechamento das válvulas de admissão no momento da compressão da mistura ar-combustível. O resultado é a redução no consumo de gasolina. Por outro lado há perda de potência. No Fusion Hybrid o 2.5 produz 158 cv, 15 cv a menos que no “normal”.


Ford Fusion Hybrid (Foto: Divulgação)

Em vez da caixa automática de seis marchas, essa versão traz a CVT (de relações continuamente variáveis), que não apresenta trancos em seu funcionamento e aproveita melhor o torque do propulsor. A diferença mais marcante está no motor elétrico de 40 cv, que também acumula as funções de motor de partida, alternador e regenerador de energia de frenagem. Por dentro, as cores azul e branca se misturam com o verde dos mostradores do nível da bateria e da atuação do motor elétrico. Ao dar a partida não há ruído, pois apenas o motor elétrico entra em funcionamento. Ao arrancar (de forma suave), é esse sistema que moverá o carro até que ele alcance 75 km/h. O a combustão só entrará em ação se o motorista pressionar o acelerador de forma vigorosa. Não há trancos em acelerações e retomadas nem sinal aparente de mudança do tipo de propulsão.

Quando o motorista para de acelerar, o motor elétrico captura a energia gerada pelo movimento das rodas, que é transformada em eletricidade para recarregar a bateria. O resultado, segundo a Ford, é o consumo de 17,4 km/l de gasolina na cidade e 15,3 km/l na estrada. Os pontos negativos são o peso (100 kg a mais que o Fusion convencional) e a posição da bateria, atrás do banco. Isso reduziu o volume do porta-malas de 467 para 334 litros (medição norte-americana).


Viagem feita a convite da Ford