O Porsche 718 Boxster acabou de ser lançado no Brasil, e agora é a vez do irmão 718 Cayman, que acaba de apontar na reta. Por aqui, ele deve ser lançado no Salão do Automóvel, em novembro, com as vendas se iniciando logo após a exposição. Mas fomos conhecer as particularidades do cupê no lançamento internacional, realizado na Suécia.

Ao contrário do Boxster, o Cayman não tem o teto conversível. Mas pense pelo lado positivo: para início de conversa, pela primeira vez o cupê está mais barato que o irmão, o que é a lógica nesses casos. Enquanto o Boxster vai de R$ 368 mil a R$ 466 mil (versão S, a mais brava), o Cayman fica entre R$ 346 mil e R$ 446 mil (S).

Se os cerca de R$ 20 mil não são suficientes para te conquistar, então aí vai mais um argumento: graças à maior rigidez torcional, o Cayman é melhor em curvas feitas com mais ousadia. Embora o Boxster tenha bom comportamento em circuitos sinuosos, no limite o Cayman é melhor, por causa do teto rígido.

Comprovamos isso no circuito de Sturup, uma pista com poucas retas e muitas curvas fechadas, que além disso ainda tem descida, o que exige frenagem forte. São situações que requerem um comportamento bem preciso de suspensões, freios e direção.

Nessas condições, o Cayman mostrou bom comportamento. Mais que isso. De acordo com o engenheiro Jan Roth, responsável pela linha 718, numa pista sinuosa como Sturup, de curvas fechadas, o Cayman provavelmente se sairia melhor até que o próprio irmão maior e mais famoso, o 911.

Uma das razões está na distância menor entre os eixos, que dá maior agilidade, e também no motor central, localizado atrás dos bancos. Isso resulta em melhor distribuição de peso.

Na briga particular entre os dois modelos da linha 718, o Cayman leva a melhor também na capacidade de carga. Na frente, ambos acomodam 150 litros, ou duas malas pequenas. Atrás, enquanto o conversível leva 125 litros, o cupê acomoda 184 litros. A perda é motivada pela área ocupada pela capota, quando recolhida.

Os demais dados técnicos são exatamente os mesmos nos dois modelos. A linha 718 tem motores boxer turbo de quatro cilindros. Na versão mais “mansa”, é um 2.0 de 300 cavalos, potência que sobe para 350 cv no 2.5 da versão S. Nesse caso, além da cilindrada maior, colabora também a turbina de geometria variável, derivada do 911.

O peso é igual: no caso da versão S, são 1.385 quilos no cupê e no roadster. O mesmo vale para a aceleração de 0 a 100 km/h (4,2 segundos) e velocidade máxima (285 km/h).

No Brasil, a Porsche oferecerá apenas o câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas (PDK). Além de “vencer” o irmão conversível, o Cayman também melhorou bastante em relação à geração anterior. A nova mecânica substitui os motores boxer de seis cilindros (2.7 e 3.4), menos potentes, mais pesados e de maior consumo. O ganho de potência foi de 25 cavalos.

Ficha técnica:Porsche Cayman s

Preço: R$ 446.000
Motor: 2.5, 16V, 4 cil, boxer, turbo
Potência: 350 cv a 6.500 rpm
Torque: 42,8 mkgf de 1.900 a 4.500 rpm
Câmbio: automatizado, sete marchas
Comprimento: 4,379 m
Entre-eixos: 2,475 m
Porta-malas: 334 litros (frente e traseira)
0 a 100 km/h: 4,2 segundos

Viagem feita a convite da Porsche