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Bafômetro: governo dos EUA quer exigir equipamento nos carros 0-km
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Bafômetro: governo dos EUA quer exigir equipamento nos carros 0-km

Estados Unidos estudam exigir tecnologia capaz de impedir partida do carro caso o bafômetro detecte motorista alcoolizado a partir de 2026

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

16 de mar, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Bafômetro
ideia é que esse instrumento possa aferir a concentração de álcool no sangue do motorista
Crédito:Jim Wilson/The New York Times
california

Os mais de 10 mil óbitos envolvendo pessoas alcoolizadas no trânsito anualmente vem desafiando o governo norte-americano. O número, que representa 30% das mortes totais, de acordo com a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA), deve obrigar o governo a tomar medida drástica. A partir de 2026, todos os carros 0-km poderão passar a contar com bafômetro de fábrica.

O sensor de detecção de álcool, a princípio, pode ser exigido como item de segurança. Para isso, o governo está trabalhando em uma legislação. Tudo ainda é embrionário, entretanto, a ideia é que sensores de respiração ou toque possam detectar quando o motorista estiver sob a influência de álcool. Dessa forma, impedirá que o automóvel dê partida. Para tanto, basta que o nível de álcool no sangue fique acima de 0,08%.



Tecnologias distintas

Com a intenção de tornar as estradas mais seguras, o programa entre o governo norte-americano e as montadoras vem, portanto, buscando soluções. Dentre elas, há produtos que analisam a respiração, bem como sensores que atuam por meio de toque.

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Este último pode ser visto no vídeo acima. Ele usa um scanner integrado ao botão de partida do motor. Nele, mede-se o nível de álcool nos vasos sanguíneos por meio de luz infravermelha. Se um passageiro aperta o botão, o circuito identifica. Afinal, um sensor integra o assento e o computador de bordo. Assim, nada de fraude e de partida.

De acordo com o governo local, o bafômetro nos carros pode diminuir o número de incidentes, acidentes e prisões por dirigir embriagado. As “maracutaias” para burlar a lei também já seguem em estudo. E já tem empresa com testes programados neste ano.


Antes que vire realidade, a tecnologia enfrenta algumas questões. Se faz necessário, em síntese, pesar as vantagens e desvantagens. Afinal, o carro pode simplesmente se recusar a dar partida, por exemplo. Ou, em caso de ação judicial, os veículos serão provas contra seus donos? Essas e outras questões têm três anos para encontrar uma solução pelas autoridades norte-americanas.

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