Quando se pensa em algum produto feito na Bélgica, normalmente o que vem à cabeça são chocolates ou cervejas – e não necessariamente nessa ordem. Pois saiba que a indústria automotiva é forte no pequeno país europeu, que faz sua estreia hoje na Copa do Mundo, contra o Panamá.
O XC40, maior esperança da Volvo no mercado nacional, não vem da Suécia, mas da Bélgica. Como no Brasil, várias montadoras escolheram o país europeu para produzir veículos. Além da Volvo, empresas como Ford, Volkswagen, Audi e Toyota mantêm bases na Bélgica.
No passado, a Ford chegou a importar de lá o Mondeo, e a Chevrolet trouxe o Astra, feito pela Opel. Posteriormente, a marca alemã encerrou a produção belga.
Bélgica tem tradição automotiva
A indústria automotiva belga tem muita história. O país já teve diversas marcas próprias no século passado e até no final dos anos 1800, a exemplo de Imperia Automobiles, Belga Rise, Minerva, etc. Todas desapareceram, mas a tradição do país como fabricante colaborou para a atração de novas fábricas.
O mercado interno belga não é muito grande. Em 2016, foram licenciados no país 618 mil automóveis, de acordo com a Organização Internacional de Construtores de Automóveis (Oica). Uma curiosidade do país é que praticamente a metade desse volume é representada por automóveis importados. No ano passado, foram produzidos 379.140 veículos.
O índice de motorização da população é alto. A relação habitante por veículo é de 1,8, média muito semelhante à de países vizinhos como França e Alemanha (1,7).
Como ocorre em muitos países europeus, o Volkswagen Golf é o modelo mais vendido. Até maio, foram com 5.426 unidades. A influência da França, porém, é grande, e o Renault Clio aparece na segunda posição, com 4.868 veículos vendidos. O terceiro lugar é o Hyundai Tucson (4.007 unidades).