Uma pesquisa encomendada pela União Europeia mostra que combustíveis derivados de vegetais, como o de soja ou canola, podem gerar até 80% mais emissões que a gasolina ou diesel derivados do petróleo.
O estudo diz que os biocombustíveis emitem muito menos dióxido de carbono (CO²) na atmosfera de forma direta em relação ao convencional, mas as mudanças no solo que o cultivo dos tipos de grãos utilizados provocam levam ao desmatamento na zona dos trópicos e a drenagem de lençóis freáticos, o que de forma indireta faz com as emissões de gases aumentem substancialmente.
No relatório há especial preocupação com os combustíveis fabricados a partir da palma (uma espécie de cacto) e soja, dois dos cultivos mais utilizados na produção de biocombustíveis. Levando em conta a questão ambientalista, esses carburantes emitem 231 gramas de CO² por Megajoule (uma medida de energia) e 150 gramas de CO² por megajoule, respectivamente. Na legislação da União Europeia, calcula-se que a gasolina gere 94 gramas de CO² por megajoule.
A pesquisa mostra também que nem todos os biocombustíveis poluem igual e toma por exemplo o milho, a beterraba e a cana-de-açúcar, que são usados para produção de etanol e que não emitem muitos gases aumentativos do efeito estufa. Contudo, esses são mais caros de produzir e a porcentagem de uso no mercado é menor.