O Estado de São Paulo responde por 65% do mercado de veículos blindados do País. Para quem procura um usado, há boas opções à venda – a desvalorização média costuma acompanhar a dos novos. Mas o consumidor deve ficar atento ao estado do carro e da blindagem antes de fechar negócio. “Uma dica é procurar revendas especializadas. Afinal, esse é um tipo de produto que não pode falhar”, afirma o consultor da ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa.
“Fazemos uma revisão completa e trocamos todos os componentes desgastados antes de colocar nossos carros usados à venda”, conta Rafael Barbero, diretor da blindadora Avallon, que está no mercado há dez anos e acaba de abrir uma loja na Avenida Indianópolis, zona sul. No estoque da empresa há seminovos como um Dodge Journey STX 2009, branco, com 5 mil km, por R$ 129 mil e um Corolla SEG 2008, cor preta, por R$ 65 mil.
“Há mercado para todo tipo de carro”, diz Barbero. De acordo com ele, a blindagem mais usada é a chamada nível 3A, que suporta disparos de pistolas até 9mm e revólveres Magnum 44, o mais potente armamento de mão no País.
Diretor da Oregon, na Avenida Europa, zona oeste, Alfredo Cardoso conta que cerca de 90% das blindadoras oferecem três anos de garantia para o serviço. “Muitos carros feitos em 2008 ainda estão cobertos. Os mais antigos têm prazo de garantia entre três meses e um ano, de acordo com o tipo de manutenção que tenha sido realizada.”
Segundo José Cerchiari, da Balauto Blindados, empresa localizada em Santo Amaro, zona sul, e especializada em modelos mais antigos, é importante ficar atendo à delaminação (descolamento das camadas que compõem o vidro). “Algumas reparadoras retiram a película de policarbonato, o que compromete a eficácia em caso de disparo de arma de fogo”, diz. Entre os modelos disponíveis no estoque ele destaca um Audi A3 2003, oferecido por R$ 25 mil, e dois VW Jetta 2007, a R$ 65 mil cada.