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BMW i3, versão elétrica do Série 3, tem 285 cv e bateria para até 526 km
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BMW i3, versão elétrica do Série 3, tem 285 cv e bateria para até 526 km

Lançado na China, o i3 é o primeiro sedã elétrico da BMW e entrega 40,8 mkgf de torque, além de aceleração de zero a 100 km/h em 6,2 segundos

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

04 de abr, 2022 · 6 minutos de leitura.

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BMW
Sedã i3 elétrico foi feito exclusivamente para o mercado chinês
Crédito:Divulgação/BMW

A BMW enfim apresentou, na China, a aguardada versão elétrica do Série 3. O modelo atende pela sigla i3 e usa o mesmo conjunto elétrico do SUV iX3, que já está à venda na Europa e virá ao Brasil nos próximos meses. O sedã de luxo estreia na versão eDrive35L e vem equipado com um motor elétrico instalado no eixo traseiro. Com ele, oferece 285 cv de potência e um torque bem forte de 40,8 mkgf. A aceleração de zero a 100 km/h leva 6,2 segundos.

Com o pacote de baterias de 70,3 kWh, o i3 fornece uma autonomia de até 526 km no ciclo chinês CLTC. Em questões de recarga, ligado a um carregador de 95 kWh, o modelo pode alcançar 80% da carga em cerca de 35 minutos. O consumo médio de energia é de 14,3 kWh/100 km.

De acordo com a marca bávara, o modelo foi pensado exclusivamente para atender aos requisitos dos clientes chineses. Portanto, ele será montado na fábrica de Shenyang, com adaptação de peças locais, e não deve ser vendido em outros países. Por lá, o sedã estreará oficialmente em maio. Além disso, vale dizer que, apesar da direção esportiva do i3 ter sido inspirada no sedã original, a suspensão foi adaptada para o mercado asiático.

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Divulgação/BMW

Maior que o Série 3

No geral, a BMW não chegou a divulgar muitos detalhes e imagens do novo sedã. No entanto, confirmou que o i3 está maior, chegando a 2,97 metros de entre-eixos. Inclusive, é 11 cm a mais do Série 3 à venda no Brasil. Já o comprimento ficou em 4,87 m. A montadora ainda confirmou que o porta-malas está com uma capacidade de 410 litros. Ou seja, 70 litros a menos do que o Série 3, com 480.

No visual, o sedã elétrico é similar ao Série 3. Mas, seu principal diferencial, e que chama atenção, é a grade frontal do duplo rim. Isso porque, assim como nos outros carros elétricos da marca, ela é fechada e tem desenho tridimensional. Além disso, tem o contorno azul, que indica os elétricos da marca.


BMW
Divulgação/BMW

Outro elemento diferente é o para-choque frontal. A principal novidade aqui é o formato mais aerodinâmico, que busca reduzir o coeficiente de arrasto (Cx) para aumentar, por exemplo, a autonomia das baterias. Bem como melhorar o desempenho do veículo.

Não há fotos do interior do veículo. Mas, além de um maior espaço para pernas no banco traseiro, o sedã de luxo conta com diversos recursos tecnológicos. Como, por exemplo, conectividade 5G, chave digital, nova central multimídia, entre outros equipamentos.




BMW confirmou três carros elétricos no Brasil

A BMW foi a primeira marca premium a oferecer um carro elétrico no Brasil, o i3. Quando chegou ao país, em 2014, não havia pontos de recarga como atualmente. Tanto é que o hatch elétrico veio sempre na versão com extensor de autonomia. Mas, agora, passados bons anos, a marca bávara vai dar o segundo grande passo na eletrificação por aqui e trazer três novos modelos elétricos em 2022.

BMW
Vagner Aquino/Jornal do Carro

Entre eles, está o inédito SUV iX, apresentado em janeiro em duas versões. Além dele, virão ao Brasil o iX3, versão a bateria do SUV X3, e o i4, super lançamento da recém-criada linha de carros elétricos da alemã. Assim, a BMW terá cinco modelos elétricos no País, somando com o Mini Cooper S E e o BMW i3.


”Temos o compromisso de sempre trazer as tecnologias globais atuais pro cliente brasileiro e seguiremos a buscar novidades para todas as marcas no BMW Group Brasil dentre os 30 lançamentos confirmados para o país em 2022”, afirma Aksel Krieger, CEO e Presidente do BMW Group Brasil.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.