Eles são cupês, vêm da Alemanha, têm assinatura das divisões de preparação de suas respectivas marcas, motor de seis cilindros e tabela em torno dos R$ 400 mil. Por causa das similaridades, comparamos os recém-lançados Mercedes-Benz AMG C 43, que traz um V6 de 367 cv e parte de R$ 397.900, e BMW M2, com seu seis-em-linha de 370 cv, a R$ 379.950. Por ser maior e mais confortável se o motorista quiser, o Mercedes foi melhor – por dois pontos (veja no quadro).
No visual, o C 43 AMG Coupé traz as atualizações feitas nos demais Classe C, além de vários itens exclusivos. O para-choque dianteiro tem entradas de ar maiores e o traseiro traz difusores na parte inferior. Na frente, a grade tem desenho do tipo “diamante”. As caixas de roda, por sua vez, são mais largas que as das versões “comuns”.
Seu V6 biturbo gera 52 mkgf a 2.000 rpm e deixa o cupê sempre pronto para acelerar. Com o câmbio automático de nove velocidades nos modos Sport ou Sport+, o carro fica mais nervoso e as marchas, que podem ser trocadas nas hastes atrás do volante, não “sobem” sozinhas quando o motor gira no limite.
Para ir de 0 a 100 km/h o Mercedes precisa de 4,7 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.
O C 43 AMG Coupé não tem o ímpeto do C 63, esse sim um devorador de asfalto com seu V8 de 510 cv. Trata-se de um carro no qual é possível dosar a quantidade de pimenta: basta ativar uma das opções de modos de condução que mudam as respostas de transmissão, motor suspensão e direção.
O M2 Coupé, por sua vez, é um autêntico representante da divisão M e herdeiro do mítico 2002, de 1973. No visual, destacam-se as grandes entradas de ar na dianteira, os para-choques volumosos e as saídas duplas de escapamento atrás.
Menor que o rival C 43 e que o M3, tem desempenho equivalente ao do “irmão”, do qual herdou muito da mecânica. Com seu seis-cilindros em linha com turbo e o câmbio automatizado de sete marchas, requer 4,3 segundos para ir de 0 a 100 km/h e pode alcançar 250 km/h.
Essa veia bruta, que por um lado agradará (muito) os puristas, por outro acaba limitando o tipo de público do cupê. Esse BMW não é um tipo de carro confortável para o dia a dia – tem suspensões duras, respostas muito diretas e, por causa da pequena distância em relação ao solo, raspa o assoalho em qualquer lombada ou rampa um pouco mais inclinada.
A cabine reflete a alma de cada um desses modelos. O acabamento do Mercedes é um primor – há volante multifuncional com base reta revestido de couro, assim como os bancos (com ajustes elétricos e cinco opções de tom), relógio analógico e soleiras das portas iluminadas. Já a tela do sistema multimídia, que lembra um tablet, destoa do conjunto. Para a carroceria, há sete cores metálicas e duas sólidas (branca e preta).
Entre os vários sistemas eletrônicos para aprimorar a segurança, o C 43 AMG traz controles eletrônicos de estabilidade e tração, distribuição das forças de frenagem e assistente de partida em rampa, além de air bags laterais e do tipo cortina, inclusive para os passageiros do banco de trás e câmera na traseira. Teto solar, monitoramento da pressão dos pneus, faróis full LEDs e partida por botão também vêm de fábrica.
Por dentro, o M2 é mais “simples” que o rival. O acabamento é bom, mas está longe de ser requintado e remete aos esportivos puros, com profusão de plásticos e uma certa obviedade nos tons.
Os controles eletrônicos de tração e diferencial ajudam quem quiser abusar. Há até bomba suplementar de óleo, para garantir a eficiência do motor em frenagens bruscas e em curvas feitas em alta velocidade.
AGRADECIMENTOS: FOTOS FEITASNO CENTRO DE EVENTOS PROMAGNO, FONE: (11) 4010-5100