Durante o Festival Interlagos 2024, a BYD mostra os carros de sua linha que estreiam em breve no Brasil e até modelos de duas submarcas do grupo que atuam na China. Falando primeiro sobre os futuros veículos que serão lançados por aqui, o primeiro deles será o Yuan Pro, que se tornará o SUV elétrico mais barato da montadora. Com motor de 177 cv e valor estimado na casa de R$ 170 mil, o modelo desembarca no País em setembro.
No mês seguinte, em outubro, chega a Shark, primeira picape híbrida plug-in do mercado brasileiro. Flagrada aqui em testes em algumas ocasiões, o evento marca a primeira apresentação oficial para o público em território nacional depois de ter sido lançada no México em maio deste ano. Inclusive tivemos a oportunidade de dar uma voltinha com a caminhonete no autódromo (veja os detalhes abaixo).
Outro modelo que estreia ainda neste ano, mas sem data definida, é o novo Song Plus, que tem visual alinhado com o do sedã esportivo Seal. O SUV foi flagrado recentemente no País e está confirmado para o mercado brasileiro. Apesar de também ter uma versão elétrica, a estreia por aqui será, ao menos a princípio, apenas da configuração híbrida. O novo Song Plus traz a quinta geração do sistema híbrido plug-in DM-i, que estreou recentemente na China, e combina motor 1.5 de 110 cv e 12,8 mkgf a um motor elétrico de 197 cv.
Novas submarcas da BYD
Conforme flagra registrado no mês passado, a BYD trouxe ao Brasil dois veículos que pertencem a outras marcas que fazem parte do grupo automotivo. O primeiro é Fang Cheng Bao 5 – também conhecido como Leopard 5 e um dos carros registrados pela chinesa no Inpi – pertence a uma marca de modelos fora-de-estrada sob o guarda-chuva da montadora. O jipão tem motorização híbrida plug-in que combina um 1.5 a dois motores elétricos para entregar até 680 cv. A autonomia pode chegar a 1.200 km.
O segundo modelo é a van de passageiros Denza D9. Com 5,25 m de comprimento e 3,11 m de entre-eixos, o veículo pode levar até sete pessoas com conforto. Há opções de motorização híbrida ou elétrica e versões com mais de 400 cv de potência e autonomia superior a 1.000 km, por exemplo. De acordo com a BYD, o modelo “mostra tudo o que a marca tem de melhor, mais rebuscado e tecnológico em um segmento que também foi abandonado no Brasil”.
Conhecendo a Shark de perto
Pela primeira vez de forma oficial no Brasil, a Shark é um dos modelos da BYD para test-drive no Festival Interlagos. Estão disponíveis ainda o sedã King, o compacto Dolphin Plus, os SUVs Song Plus e Tan e o esportivo Seal. Nossa escolha não podia ser diferente: dar uma voltinha pelo autódromo na picape que será a mais potente do País quando estrear em dois meses.
A Shark combina o motor 1.5 turbo de 194 cv na dianteira a outros dois elétricos. O primeiro também fica na frente e tem 231 cv, enquanto o segundo no eixo traseiro entrega 204 cv. A potência combinada supera os 430 cv e a aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 5,7 segundos, de acordo com a BYD. A marca chinesa promete um alcance de até 840 km com bateria carregada e tanque cheio de gasolina. Rodando apenas com eletricidade, entretanto, a autonomia é de cerca de 100 km.
Na pista
Apesar de ter sido apenas um gostinho, deu para sentir que a Shark tem fôlego de sobra na pista, com desempenho bem consistente e uma aceleração que impressiona. Chega até a querer escapar de traseira em curvas mais fechadas por conta de toda essa força, mas os controles de estabilidade e tração seguram bem as investidas mais enfáticas do motorista ao pedal da direita.
E mesmo tendo o centro de gravidade mais alto, a caminhonete é bem estável e tende a inclinar menos que outros modelos do segmento de picapes médias em trechos sinuosos. Ainda assim, o rolamento da carroceria é perceptível. Não dá para pensar que o comportamento é de carro esportivo e acelerar como se não houvesse amanhã. Mas foi uma boa primeira experiência, então esperamos outubro chegar para contar mais detalhes sobre a Shark.
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