No lançamento do C4 Cactus, em meio a várias unidades repletas de equipamentos, todas com motor 1.6 turbo e câmbio automático de seis marchas, uma não chamava a atenção. Além de seu 1.6 ser aspirado (a potência é 51 cv menor que a do turbinado), era a única da frota da Citroën com transmissão manual de cinco velocidades. Em movimento, o “patinho feio” mostrou ter muito valor.
Os pontos positivos começam pelo preço. O câmbio manual é oferecido nas versões Live, de entrada, a R$ 68.990, e Feel, intermediária (como a avaliada), a R$ 73.490.
Para comparação, a mesma configuração com a caixa automática sai a R$ 79.990. A diferença de R$ 6.500 se justifica: há também controle de estabilidade, assistente de rampa e sensor de pressão de pneus.
Para quem não faz questão desses itens ou não quer gastar tanto, o Cactus manual é uma boa pedida. O câmbio forma boa dupla com o 1.6, que a propósito é mais potente. São 122 cv com etanol, ante 118 cv no caso das versões automáticas.
O novo Citroën mostrou agilidade nas acelerações e retomadas de velocidade. Isso é resultado também do bom escalonamento de marchas. Para comparação, o SUV com câmbio manual vai de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos, contra os 12s da opção automática, de acordo com dados da fábrica (com etanol). O único senão é o curso da alavanca, um pouco longo.
Cactus enxuto
Entre os itens de série, há rodas de liga leve de 17 polegadas, luzes de neblina e de uso diurno de LEDs. Na versão Feel, a barra sobre o teto não fica destacada da carroceria e os freios de trás são a tambor.
O acabamento é simples, com plásticos rígidos no painel e laterais. Mas essa é uma característica também da versão mais cara. Os bancos são revestidos de tecido e as maçanetas não têm pintura.
Além disso, essa versão não traz o comando grip control, que ajusta a tração ao tipo de piso. Há apenas os dois air bags frontais obrigatórios por lei.
A favor, o SUV tem quadro de instrumentos digital, central multimídia com tela de 7 polegadas e câmera na traseira.