Cadeirinhas à venda no País são inseguras

Testes apontaram que alguns modelos podem até se quebrar e permitir excessiva movimentação da criança

Por 27 de jan, 2016 · 3m de leitura.
Cadeirinhas passam por testes que simulam colisão em veículo
Não adianta ter um carro potencialmente mais seguro sem assentos ou cadeirinhas à altura da proteção oferecida pelo veículo.

Para crianças até sete anos e meio, é preciso usar algum assento especial, atado ao carro pelo sistema de segurança ou por ancoragens como a Isofix (a mais conhecida).

A cadeirinha é o dispositivo que será mais usado durante o período em que a criança precisa de assento auxiliar. No entanto, a Proteste, associação de consumidores, mostra que, no Brasil, a maioria não cumpre a função de proteger os pequenos em caso de colisões.


Os testes mais recentes feitos pela entidade, em parceria com a Global NCAP, apontaram que alguns modelos podem até mesmo se quebrar e permitir excessiva movimentação da criança durante uma batida, levando a lesões severas.Os testes foram realizados com a carroceria de um VW Golf, que obteve as melhores notas em proteção infantil.

Um dos entraves às melhorias na qualidade dos produtos disponíveis no Brasil é a permissividade da legislação. O Inmetro não exige que os assentos infantis sequer tenham suporte para sistemas de ancoragem.

Segundo a Proteste, a colocação da cadeirinha com o cinto do carro dá margem a erros na instalação e não garante a estabilidade do dispositivo no banco do carro. As falhas nos produtos ocorrem independentemente da faixa de preço.


Não usar nenhum tipo de assento especial para transportar crianças é infração gravíssima, passível de multa de R$ 191,54 e sete pontos na CNH.