Entrada do Salão do Automóvel, no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo. Sábado, dia 1º de novembro, o primeiro fim de semana desde a abertura do evento, no dia 30. O sol acaba com os visitantes que esperam um bom tempo na fila para comprar o ingresso a R$ 80. Mas para quem quer burlar o sistema na forma mais ampla da palavra, basta se direcionar para a vazia fila de entrada.
Lá, tranquilos, agem cambistas que vendem o ingresso de meia-entrada, válido para estudantes e idosos, por R$ 10 reais a mais com a justificativa de qualquer um pode comprar."Eles não olham carteirinha, nada, é só mostrar o ingresso e passar, está a maior confusão na entrada", afirma o oitavo cambista que nos intercepta da calçada atá a entrada e que não quis se identificar.
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Com público esperado de 750 mil visitantes durante todo o Salão do Automóvel, o prejuízo é grande, não só para a Reed Exhibitions Alcantara, organizadora do evento, mas como para a imagem da feira, que recebe muitos turistas e executivos do setor automobilístico de todo o mundo.
De acordo com o delegado plantonista da Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista, Daniel Elson, que está no Anhembi, há 10 policiais fazendo a ronda, sendo cinco descaracterizados, para impedir a prática. "O agravante é que muitas pessoas preferem comprar ingresso nos cambistas pela facilidade e acabam acobertando o crime, então fica muito difícil fiscalizar".