Mesmo depois de construir uma fábrica no Brasil, a chinesa Chery nunca decolou por aqui. Mas a marca acaba de ganhar um empurrãozinho que pode lhe garantir dias melhores. O Grupo Caoa, que hoje opera no País a Subaru e a Hyundai (com exceção das famílias HB20 e Creta), acaba de comprar metade da operação da chinesa, pela qual desembolsou US$ 60 milhões. A transação inclui a planta da Chery em Jacareí (SP), única fábrica de uma montadora chinesa no Brasil.
Com esse passo, a operação da Chery no País passa a se chamar Caoa Chery e ser conduzida em conjunto por executivos da China e do Brasil, cada qual com sua metade. Isso terá reflexo imediato inclusive na gama de produtos da marca, cujo planejamento será reavaliado.
Por enquanto, a chinesa fabrica aqui o subcompacto QQ e prepara o início da produção do Tiggo 2, utilitário compacto revelado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2016 e que já está em testes de rodagem.
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A Chery ergueu a fábrica de Jacareí em 2014, em um terreno de 1 milhão de metros quadrados. Com o investimento, de US$ 400 milhões, ela esperava abocanhar uma fatia de 3% do mercado nacional, meta que nunca esteve perto de ser concretizada. No mês passado, a marca vendeu apenas 339 carros, detendo fatia de 0,2% do mercado.
Para a Caoa, a transação significa ter uma segunda fábrica no País – a primeira é a de Anápolis (GO), onde ela produz os modelos ix35, Tucson, New Tucson e HR, todos com bandeira Hyundai. As instalações de Jacareí podem produzir até 150 mil veículos por ano.
A negociação já vinha se desenrolando desde o início do ano e o valor desembolsado pela Caoa foi menor do que o contemplado na primeira proposta, feita em fevereiro.
