O ex-executivo da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, foi solto mais uma vez da cadeia no Japão. Ele responde a acusações de fraude por supostamente ter feito uso impróprio de valores da Nissan em seu benefício, ocultado valores de seus rendimentos e transferido perdas pessoais a companhia.
Dessa vez ele pagou uma fiança de US$ 4,5 milhões, cerca de R$ 17 milhões, e foi obrigado a não manter contato com sua esposa, Carole, sem permissão prévia. Da primeira vez que foi solto sob fiança, o valor foi de US$ 8,9 milhões, cerca de R$ 34 milhões na cotação da época.
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Os promotores tentaram apelar contra a fiança e a liberação de Ghosn, mas o pedido foi rejeitado. Dessa vez ele estava preso desde o dia 4 de abril e agora deve aguardar em liberdade por seu julgamento.
A corte de Tóquio afirma que, além do restrito acesso a sua esposa, Ghosn terá movimentações e comunicações “restritas e monitoradas de perto”, para previnir que ele saia do país ou que suma com evidências.
Ghosn, em um vídeo pré-gravado antes de ser preso novamente, afirmou que era inocente e que era vítima de um complô do quadro de diretores da Nissan. Sem dizer nomes, ele acusou executivos de alto escalão da marca japonesa de terem “esfaqueado-o” pelas costas. Tudo, segundo Ghosn, para desestabilizar a possível fusão que ele programava entre Renault e Nissan, criando assim o maior grupo automotivo do mundo.
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