Leandro Alvares
Pelo tamanho, faz sentido chamá-los no diminutivo. Mas quando estão em ação, os carrinhos de controle remoto provam que devem ser tratados como os “de verdade”. Essa é a forma como praticantes de automodelismo veem suas máquinas de lazer. “Esses brinquedos podem ser ajustados como os carros de competição e atingem velocidades superiores a 140 km/h graças aos motores a combustão de 1,8 cv. São mais do que simples carrinhos”, afirma o comerciante Roberto Pillege, criador do sitewww.automodelismo-rc.com.br.
Praticante do hobby há mais de 20 anos, Pillege dedica aos automodelos a atenção e cuidado que muitos motoristas têm com seus veículos convencionais. “Todo apaixonado já gastou pelo menos um fim de semana afinando ajustes de molas, pneus, motor e, claro, acelerando.”
A brincadeira, porém, custa caro. “Um modelo a combustão (movido por uma mistura de álcool, óleo e nitrometano) tem preço entre R$ 1.400 e R$ 5 mil”, afirma Marcio Viana, outro fã dos carrinhos. “Além disso, há os gastos com novas peças, pneus… Por mês, chego a investir R$ 500 nesse lazer.”
A prática, segundo Pillege, pode ser em qualquer área aberta. “Parques, como o Ibirapuera e o Villa Lobos, costumam reunir muitos praticantes, mas há também pistas de competição.” O melhor espaço para acelerar, segundo ele, é a pista on-road de Santo André, no ABC (Av. dos Estados, 6.000). “Além de tudo é grátis.”.
Em países como o Japão, os carrinhos protagonizam até provas de drift. “Estou treinando, mas é muito difícil”, diz Viana.