
BELISA FRANGIONE
FOTOS: SERGIO CASTRO/ESTADAO
O Aero Willys 2600 1968 que pertence ao escritor Henrique Romanos foi adquirido em 2005 para preencher um espaço em sua garagem e nas lembranças.
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“Quando eu era criança, na década de 1970, eu gostava muito de carros antigos. Minhas paixões eram o Simca Chambord, o Aero Willys e o FNM JK. E como a família de um amigo de infância tinha um modelo 2600, resolvi reviver os velhos tempos.”
O escritor conta que o antigo proprietário o alertou sobre os possíveis problemas que o carro teria, já que estava parado há alguns anos. “Ouvi atentamente os detalhes, mas a estrutura dele não deixava nada a desejar. A pintura e o motor estavam bons.”
O sistema de freios, a parte elétrica e os detalhes cromados do Aero Willys receberam uma atenção especial. Tudo supervisionado por Romanos. “Sou muito ciumento com esse carro”, ri.
Os retoques foram finalizados em uma sexta-feira e logo no sábado seguinte o Aero Willys foi posto à prova: Romanos reuniu a família e viajou com o carro para Santos, no litoral paulista. O sedã não só deu conta do recado como foi “assediado”.
“Um senhor me parou na rua e propôs que eu vendesse o carro a ele por R$ 50 mil. Ele ainda me ofereceu dinheiro para pagar a volta para São Paulo de táxi.”
O automóvel, que Romanos comprou por R$ 10 mil, tem motor de seis cilindros em linha com 110 cv, tração traseira e câmbio manual de quatro marchas. “A manutenção se resume a andar com ele pelo menos uma vez por semana”, garante.
O Aero Willys 2600 era produzido na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC, e foi lançado no Salão de São Paulo de 1962. Entre os destaques há painel de madeira jacarandá e limpador de para-brisa elétrico. A produção foi encerrada em 1971.