BELISA FRANGIONE
Por onde passa, “Titanic” chama a atenção. A cor da carroceria remete à perolas e a traseira lembra um foguete – esses detalhes estão distribuídos em 6 metros de comprimento e quase 2 metros de largura. Estamos falando do Cadillac Eldorado 1959, que recebeu o apelido alusivo ao navio justamente por causa de suas dimensões.
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“Ele é tão grande que preciso usar duas vagas de estacionamento para guardá-lo”, conta o proprietário do carro, o marceneiro Marcelo Cabanal Brigato.
O Eldorado, que estava nos EUA, foi adquirido há dois anos por meio de um site de leilões. Brigato conta que sua família chegou a dizer que ele era louco por comprar um carro sem vê-lo pessoalmente.
Logo após o Cadillac desembarcar no Brasil, Brigato deu início ao processo de restauração. “Eu o desmontei inteiro, refiz a tapeçaria, a pintura e lavei o motor. A única pessoa que encostou nele além de mim foi o pintor.” A reforma foi feita em apenas dois meses.
A intenção do marceneiro era que o Eldorado fosse um carro para ser usado somente nos fins de semana e em viagens com sua família. Motivo: o motor V8 queima 1 litro de gasolina para rodar cerca de 3 quilômetros. “Considerando que tem 53 anos de idade e todo esse tamanho, nem é tão beberrão assim”, diz.
Para mover o carrão, que pesa aproximadamente duas toneladas, o motor é bem grande. Trata-se de um “big block” de 345 cv. O câmbio é automático de três marchas.
Brigato diz que já recebeu várias propostas para vender o carro, mas recusou todas. “Seria um grande problema. Eu teria de comprar outro, que demoraria muito para chegar.”
Em breve, o ócio do Titanic vai acabar. O marceneiro quer alugá-lo para cerimônias de casamento. “Espaço ele tem.”
Nesse meio tempo o Cadillac ganhou um “irmão”. Trata-se de outro Cadillac, um conversível três anos mais jovem.