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Carro do Leitor: Romi-Isetta é paixão de engenheiro
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Carro do Leitor: Romi-Isetta é paixão de engenheiro

Engenheiro mantém impecável um exemplar 1959 do carrinho e já conseguiu até 'tombá-lo'. O incidente ocorreu por causa de uma manobra brusca

21 de out, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Carro do Leitor: Romi-Isetta é paixão de engenheiro

BELISA FRANGIONE

Há muita discussão sobre qual foi o primeiro carro fabricado no Brasil. Uns dizem que foi o Volkswagen Fusca, outros, a Romi-Isetta. O que é consenso é que o pequenino, que foi produzido aqui no município paulista de Santa Bárbara D’Oeste, é o primeiro subcompacto nacional. Como o belo exemplar 1959 que pertence ao engenheiro João Carlos Bajesteiro.

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“Consegui tombar esse carro. Não como um patrimônio histórico, mas literalmente”, diz Bajesteiro. O incidente ocorreu por causa de uma manobra brusca.

O episódio é raro. Afinal, a Romi-Isetta tem apenas 350 quilos distribuídos em 2,25 metros de comprimento por 1,34 metro de largura e 1,32 metro de altura.


A alavanca do câmbio, manual de quatro marchas, está na lateral esquerda, onde fica a porta do motorista nos carros convencionais. Não há painel de instrumentos nem porta-malas. E, ao contrário do que alguns imaginam, há quatro rodas - as traseiras ficam bem próximas.

Também ‘compacta’ é a mecânica. O motor, quatro-tempos, tem um cilindro, gera 13 cv a 5.200 rpm e pode levar o carrinho a 85 km/h. Na cidade o modelo roda 25 km com um litro de gasolina, segundo a fabricante.

O engenheiro comprou este exemplar há 30 anos pensando em dar início a uma coleção. O caro foi, então, totalmente restaurado. “Ela até que estava conservada, mas resolvi desmontá-la e colocar peças de época.”


Antes disso, Bajestiero teve outras cinco. Destas, uma veio dos EUA e outra, da Alemanha. Em seu escritório, a paixão pela Romi-Isetta está materializada em mais de 50 miniaturas do modelo expostas em uma vitrine.

História - O protótipo da Romi-Isetta surgiu em 1952, na Itália, com uma só roda traseira. A ideia surgiu de Ermenegildo Preti e foi “abraçada” por Renzo Rivolta, diretor da Iso, fabricante de refrigeradores e motonetas. Um ano depois, o carrinho chegou às ruas do país com duas rodas no eixo traseiro.


A produção italiana foi encerrada em 1954. Mas a BMW se encarregou de ressuscitar o modelo na Alemanha.

Na mesma época, a fábrica de máquinas agrícolas Romi iniciou a produção no Brasil. A linha de montagem nacional parou em 1959.


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