É chegada a hora de trocar o “possante” de casa e bate a inevitável dúvida. Comprar um compacto zero quilômetro ou um carrão semi-novo ou usado. Um carro novo tem muitas vantagens, como garantia de fábrica, tecnologias mais recentes e o indefectível “cheirinho de carro novo”.
INSCREVA-SE NO CANAL DO JORNAL DO CARRO NO YOUTUBE
O usado, no entanto, já sofreu uma bela desvalorização inicial, que dá a ele preços bem mais atraentes. Por isso, pelo mesmo valor de um compacto zero, dá para conseguir modelos maiores, mais completos, potentes e glamurosos. O senão é a manutenção, inevitavelmente mais cara.
Publicidade
A faixa ao redor dos R$ 50 mil é uma das maiores interseções entre os dois mundos. Nela, estão as versões de entrada de VW Polo, Fiat Argo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20. Em todos, o motor é 1.0 aspirado e há somente itens básicos, como ar-condicionado, vidros elétricos e direção assistida. No máximo, há algum sistema de som simples.
Usado desejado
No entanto, pelos mesmos R$ 50 mil de um Polo novo, é possível encontrar unidades do Golf TSI 1.4 turbo de 2014 até mesmo com câmbio automático. São modelos das primeiras safras, produzidas na Alemanha, que têm itens cobiçados pelos entusiastas do carro. Esses Golf têm freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado automático e central multimídia de série. O motor 1.4 turbo de 150 cv é ligado a um câmbio de dupla embreagem e sete marchas. O conjunto garante ótimo desempenho e é movido apenas a gasolina nessas unidades.
Ainda na Volkswagen, um Tiguan 2.0 TSI 2012 também custa cerca de R$ 47 mil e entrega ainda mais desempenho e espaço. O 2.0 turbo tem 200 cv e, ligado ao câmbio de dupla embreagem de seis velocidades, faz do Tiguan um “canhãozinho” entre os SUVs. O senão, no caso do Tiguan, é o consumo, que nem sempre é dos mais comedidos.
Comum aos dois VW, está a manutenção, que também nem sempre é das mais baratas. Alguns serviços demandam equipamentos e conhecimentos específicos e podem sair mais caro do que de modelos menos sofisticados.
Usado, mas discreto
Se a busca recair por sedãs, por R$ 50 mil já dá para levar um Honda Civic LXS 2012 e ainda embolsar um troco. O Civic, apesar de mais “antiguinho” tem a seu favor a boa fama de pedir apenas manutenção periódica e com custos mais comedidos. O motor 2.0 tem bom desempenho e é bem casado ao câmbio automático de cinco marchas. Este Civic não é nenhum rojão na estrada, mas não desaponta e leva a família com segurança e espaço.
Mas para quem quiser “pagar de patrão” de verdade, R$ 50 mil já compram um Toyota Camry de 2010, de duas gerações atrás. Mesmo que mais usado, o modelo tem porte de “carrão” e espaço de sobra para passageiros e bagagens. Só não espere muita economia do V6 de 3,5 litros. São bons 284 cv que levam o sedã com vitalidade, mas “bebem” na mesma proporção. Ao menos, o modelo é bem discreto, facilmente confundido com um Corolla da mesma época. Ainda assim, dificilmente dirão que custou o mesmo que um Onix zero quilômetro.
