A sensação de dirigir um carro de integrantes do The Beatles pode não ser um sonho tão distante. Pelo menos para alguns. Um Aston Martin que já foi de Paul McCartney, e um Mini Cooper que foi de Ringo Starr serão ofertados em leilão da Bonhams.
O evento ocorrerá em Londres, no dia 2 de dezembro. Os carros têm lances iniciais estimados nos valores equivalentes aR$ 5,5 milhões e R$ 392 mil, respectivamente.
Comprado diretamente da fábrica, o Aston Martin de Paul McCartney é um DB5 de 1964. Inicialmente, o carro foi registrado em sua empresa de contabilidade e depois, em seu próprio nome. Originalmente, era da cor Sierra Blue, com interior preto, e equipado com um toca-discos.
O modelo teve vários donos depois de McCartney. Um deles foi o produtor britânico Chris Evans, ex-apresentador da sérieTop Gear. Durante esse tempo, sofreu um processo de restauração.
Atualmente com carroceria prata, o Aston Martin possui um motor atualizado de 4 para 4,2 litros, com potência que passou de 282 cv para 315 cv.
Já o Mini Cooper foi ampliado à época por Ringo Starr para acomodar seu conjunto de bateria. O veículo foi ainda modificado para os níveis de luxo de um Rolls-Royce, com dois tons no exterior (vermelho e prata). Além disso, teto solar e acabamento interior com detalhes de madeira.
Suas luzes traseiras são de um Fusca (carro que nos EUA se chama Beetle – besouro, em português – e inspirou o nome da banda).
Depois de passar pelas mãos de Ringo, o automóvel, conhecido como o “Rolls-Royce dos Minis”, pertence a uma mesma família desde 1977.
Esse Mini já apareceu no programa Top Gear e viajou como parte da exibição da “Beatle City”. Em 1998, ganhou o cobiçado prêmio “Cartier Style et Luxe” no Goodwood Festival of Speed, na Inglaterra.
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VOLKSWAGEN VOYAGE
Robustez, confiabilidade mecânica e o bom torque do motor AP 600 de 1,6 litro fazem do Voyage uma opção interessante. Ele tem os mesmos predicados do Gol, com uma vantagem: o três-volume foi menos desejado pelos jovens de sua época que o hatch, o que aumenta as chances de encontrar hoje um exemplar que não tenha sido maltratado.
FIAT 147
Compacto e fácil de manter, o 147 tem lá seu charme e seu valor não inflacionou como o de outros "velhinhos", o que faz dele uma boa porta de entrada para o mundo dos antigos. Os exemplares derradeiros, fabricados em 1986, ostentavam o mesmo conjunto ótico que havia sido usado pelos "primos nobres" Spazio e Oggi. A versão que aparece na foto, a esportiva Rallye, é a mais rara da linha.
FORD CORCEL II
Outro modelo que não foi "descoberto" pelo mercado de antigos e, por isso, pode ser uma boa oportunidade de compra. Grande por dentro, leva a família com conforto, e a mecânica herdada do Renault Gordini não tem manutenção cara. Prefira as versões com motor 1.6, que foi introduzido em 1979. O conjunto mecânico das unidades mais antigas, com motor 1.4 e câmbio de quatro marchas, sofre para mover o peso do carro - muitos proprietários trocam a caixa por uma de cinco velocidades.
VOLKSWAGEN FUSCA
Preço baixo, estilo simpático, mecânica simples e barata de reparar e, especialmente, um grande valor afetivo na memória do brasileiro. Está dada a receita de sucesso do Fusca no mercado de antigos. Além disso, o VW pode ser aquele empurrãozinho que falta para turbinar sua vida social: basta sair com o carro pelas ruas para fazer novas amizades, tantas são as pessoas que abordam os donos, movidas pelo carinho sem fim pelo modelo.
CHEVROLET MONZA
Verdadeiro fetiche da década de 1980, o Chevrolet Monza exerceu protagonismo singular entre os sedãs médios da época e, ainda hoje, mantém a pose ao rodar pelas ruas. Sua legião de fãs é enorme e bastante articulada em clubes, o que ajuda na hora de buscar peças. As safras que precederam a controversa reestilização de 1991, conhecida como fase "tubarão", são mais valorizadas, especialmente as fabricadas a partir da segunda metade de 1985, com conta-giros no painel e bancos com apoios de cabeça reguláveis.
VOLKSWAGEN SANTANA
O arqui-inimigo do Monza também se garante nesta lista, principalmente por conta de sua solidez à toda prova, comprovada por milhares de taxistas Brasil afora. Mas essa robustez pode acabar sendo a desgraça do modelo: muitos exemplares foram sendo transformados em carros de trabalho, desses que levam material de construção. Os exemplares íntegros tendem a virar itens de colecionador.
CHEVROLET KADETT GS e FORD ESCORT XR3 CONVERSÍVEIS
Os dois rivais formavam, com o VW Gol GTS, a trinca de "hot hatches" que disputavam a preferência do consumidor na virada das décadas de 80 e 90. Mas apenas o Ford e o Chevrolet tinham versão conversível, o que faz deles as opções mais acessíveis para quem busca um carro antigo sem capota. Ambos têm bom desempenho (a partir de 1990, o XR3 deixou para trás o fraco motor CHT 1.6 e passou a usar um 1.8 de origem VW) e mecânica sólida.
VOLKSWAGEN KOMBI
Não dá para deixar de fora desta lista a "Velha Senhora". Seu enorme carisma fez dela um ícone pop. Se a manutenção do motor VW a ar é fácil, encontrar peças de acabamento das safras mais antigas pode ser desafiador. E isso só tende a se agravar, já que mais e mais exemplares sobreviventes da van estão sendo exportados na surdina para colecionadores europeus. Se você sonha em ter uma Kombi antigona, é bom não dormir no ponto: a hora é agora.