Pagar o novo carro a prazo não é privilégio apenas de quem compra modelos “populares”. Há clientes de luxuosos e superesportivos, alguns com preços acima de R$ 1 milhão, que também dividem o pagamento – a praxe é em até 12 vezes.
“Há casos em que, além de um carro usado, o interessado oferece uma parte em dinheiro e parcela o saldo”, afirma o vendedor da Maserati no Brasil, Claudio Boriero. De acordo com ele, a prática de parcelamento é comum entre os consumidores da marca italiana.
O leasing, operação de crédito que consiste no aluguel do carro com opção de compra no final do contrato, também. “Essa modalidade chega a ser mais usual do que o parcelamento”, diz Boriero. Ele conta que a Maserati terá uma linha de crédito especial para os compradores do Ghibli, modelo de entrada da marca, cuja tabela parte de R$ 590 mil.
À vista. Diferentemente do que ocorre na Maserati, na Aston Martin o pagamento parcelado é raro. O vendedor Leandro Malcervelli explica que apenas 3% das vendas envolvem financiamento. “A maioria dos clientes faz uma transferência bancária e a compra é realizada à vista”, diz.
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Mesmo assim, a marca britânica oferece “facilidades” para quem quiser parcelar. “Qualquer carro zero-km pode ser pago em até dez vezes sem juros”, explica Malcervelli. O modelo mais barato da Aston Martin é o cupê Vantage V8. A tabela é de cerca de R$ 850 mil.
“Geralmente, a compra lembra um namoro. A pessoa vem, olha o carro, volta, decide a cor (que pode ser personalizada) e só bem depois disso fecha o negócio”, conta Malcervelli.
Na Bentley, cuja maior parte dos carros à venda no Brasil passa de R$ 1 milhão, o pagamento é sempre à vista. “Nunca houve um caso no Brasil em que o cliente pediu para parcelar”, afirma o representante da marca britânica, Toninho Abdala.
Esse tipo de comportamento é raro no caso de carros com volumes “maiores”, como o Mercedes-Benz SLS AMG Black Series, mas existe. O modelo teve 11 unidades vendidas no Brasil. Cada uma saiu por R$ 1,1 milhão, aproximadamente.
“Os parcelamentos para esse tipo de carro não chegam a 5%”, diz o gerente de vendas e marketing da marca, Dirlei Dias. “Há quem pague em 12 vezes sem juros ou com três cheques, direto para a concessionária, mas o negócio à vista é mais comum.”