As vendas de carros elétricos continuam em queda na Europa, o que ameaça as metas de emissões impostas aos fabricantes pela União Europeia. Com os incentivos dos governos a passos lentos – ou mesmo inexistentes, dependendo do país -, o conglomerado pleiteia um esforço coletivo de todos os Estados-membros para uniformizar um pacote de incentivos para facilitar a compra de veículos dessa categoria.
Assim, todos os países poderão aderir, já que o objetivo é revitalizar a indústria automotiva europeia. O anúncio foi feito pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, durante o Fórum Econômico Mundial, realizado na última semana em Davos (Suíça). Ele defendeu que a mobilidade elétrica faz parte do futuro e alertou para os riscos de ignorar essa transição.
“Precisamos de soluções pragmáticas, não ideológicas”, disse Scholz. Na Alemanha, por exemplo, há uma proposta de dedução fiscal temporária para promover a compra de automóveis elétricos fabricados no país. Recentemente, a CEO da Peugeot, Linda Jackson, criticou a falta de apoio dos governos para estimular esse mercado.
A proposta foi recebida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que reforçou a posição de que a Europa deve manter 2035 como meta para a proibição de carros novos que emitam CO2. “Os próximos anos serão cruciais para nos mantermos na corrida por tecnologias limpas e disruptivas. A Europa tem tudo o que precisa para que isso aconteça”, declarou.
O efeito Trump no mercado de elétricos
Mas não é só “em casa” que a União Europeia precisa destinar suas preocupações. Isso porque o recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já revelou a sua vontade de colocar um ponto final nos subsídios destinados à aquisição de carros elétricos em seu país.
Essa decisão, com a imposição de tarifas mais altas, poderá afetar vários fabricantes europeus. Dessa forma, é possível que as vendas globais de elétricos recuem ainda mais, já que os EUA são um mercado importante para essas marcas. Como resultado, o cumprimento das metas para os limites de emissões até 2035 pode se tornar ainda mais desafiador.
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