MILENE RIOS
Até pouco tempo a cor branca era discriminada em São Paulo por estar associada aos táxis. Mas a tendência surgida na Europa e EUA desembarcou aqui há pouco tempo e mudou essa concepção. “Andar com um carro branco agora é moda e virou sinônimo de elegância”, afirma o consultor Arnaldo Brazil, da MSX International.
Veículos brancos estão mesmo em alta. De acordo com a vendedora da BMW Autostar Elaine Silva Souza, 40% dos modelos da marca alemã vendidos na unidade Nações Unidas são dessa cor. “Para os crossovers X6 e o 535 GT, por exemplo, a espera é de até três meses.”
Em alguns casos, além de entrar na fila, quem faz questão de desfilar com um carrão branco tem de pagar mais. “É a lei da oferta e da procura. Quanto maior a demanda, mais altos serão os preços”, explica Brazil.
Na autorizada Hyundai do Morumbi, por exemplo, a cor da moda custa R$ 5 mil a mais. “Só temos branco para os modelos mais premium da marca e nas configurações topo de linha”, afirma o vendedor Anderson Vieira. “O cliente que quer exclusividade paga sem contestar.”
Na Akata, concessionária da também sul-coreana Kia, a tabela para modelos brancos é mais alta. Lá o Sportage 4×2 automático sai por R$ 90 mil nas cores preta e prata e por R$ 92 mil na branca. “A média na loja têm sido de R$ 2 mil a mais”, afirma o vendedor Marcelo Cunha.
Outras autorizadas não cobram a mais pelo tom, mas deixam de dar o abatimento comum para as demais cores. É o caso da Audi Center Vila Olímpia. “Oferecemos descontos de até 2,5% para o cliente fechar negócio. Mas essa regra não vale se o carro for branco”, diz a vendedora Camila Belo. Não adianta pechinchar”, afirma.
Ela conta que desde fevereiro tem observado um aumento na procura por carros dessa cor. “Isso influenciou até no showroom. Na loja, nossos Q5, RS5 e A4 em exposição são brancos.”