Fiat Toro, Honda HR-V e Peugeot 3008. O que esses carros tão distintos têm em comum são que, assim como outros à venda no Brasil, são produtos novos, mas equipados com motores mais antigos do que eles.
É importante salientar que em alguns desses casos, os motores são antigos e ainda bastante eficientes nos quesitos de economia de combustível e de desempenho. Outros, já sofrem em ambos ou para entregar algum deles.
Chevrolet 1.4 e 1.8
A Chevrolet realizou uma série de mudanças para melhorar, seja a potência, seja a economia desses dois motores. Ainda assim, o 1.4 que equipa Onix, Prisma e Montana é mais velho do que os três produtos. O 1.4 existe desde a primeira geração do Corsa.
Único motor disponível para Cobalt e Spin, o 1.8 é o mesmo desde o Monza. Seu código é o Família II. Assim como o 1.4 ele recebeu uma série de modificações e melhorias com o passar dos anos, como injeção eletrônica monoponto, depois multiponto e novos materiais na confecção das peças.
Fiat 1.0 e 1.8
Da Fiat, os motores mais antigos da linha são o 1.0 quatro cilindros e o 1.8. No caso do primeiro, ele até ganhou um substituto, o 1.0 três cilindros, porém ainda equipa dois modelos: Mobi e Grand Siena. Esse motor é o Fire Evo, que já é uma melhoria do Fire, existente desde 2000.
No caso do 1.8 e.torq ele já tem oito anos de vida. O modelo surgiu no Punto e segue hoje em uso no Argo, Toro, Strada, Cronos, Doblò e Jeep Renegade. Recebeu melhorias para equipar os novos carros e passou de 132 cv para 139 cv com etanol.
Volkswagen 1.6 8 válvulas
Com boa parte de sua linha atualizada no quesito motores, há um remanescente “das antigas”. O motor 1.6 oito válvulas é o mais antigo ele rende até 104 cv e está aí desde 2001, quando equipava a quarta geração do Golf.
Hoje ele ainda atende Gol, Voyage, Fox, Saveiro e SpaceFox. Apesar disso, a companhia já trabalha com uma versão mais potente de 16 válvulas que rende 120 cv. Esse motor está no Polo, Virtus e as versões Cross da Saveiro.
Renault 2.0
A Renault segue apostando no seu antigo motor 2.0 após 17 anos. Ele equipa as versões de topo de Duster, Captur, Oroch e a esportiva RS do Sandero. Esse não é o mesmo que era usado no Fluence, que tinha bloco de alumínio. A exceção da versão GT (turbo) que era baseado no F4R.
Esse motor, com melhorias, é o mesmo que equipava o Scenic em 2001, quando entregava 140 cv e passou por duas gerações do Megane até chegar aos atuais produtos da companhia.
1.6 turbo de BMW e Peugeot/Citroën
O 1.6 turbo desenvolvido em parceria pela BMW e a Peugeot/Citroën também tem vida longa. Na “pista” desde 2006, ele foi aposentado pela BMW/Mini a partir de 2013, quando não foi renovado o acordo entre as marcas.
A PSA Peugeot Citroën segue usando esse motor em vários produtos. No Brasil, os Peugeot 308, 408, 208 GT, 2008 e 3008 usam. Em breve chega também o 5008 com esse motor. A Citroën o utiliza para o C4 Lounge e o C4 Picasso.
Ele foi personalizado para o Brasil e ganhou a tecnologia flexível, o que aumentou a potência para 173 cv nos carros produzidos localmente. Os importados, a gasolina, seguem com “apenas” 165 cv.
1.8 HONDA
Outro motor veterano do mercado é o 1.8 que hoje equipa apenas o HR-V. De código R18A1, esse propulsor veio ao Brasil com o “New Civic” que chegava em 2007. Ele sobreviveu a mais uma geração do sedã ainda, dividindo espaço com o 2.0 que era usado nas versões mais caras. Na atual, foi aposentado. O 2.0 aspirado virou a opção de entrada e chegou o 1.5 turbo para a versão mais cara.