(Fotos: Pedro Bicudo/Porsche)
Rafaela Borges
Quando surgiu, ele chegou a ser considerado um impostor em uma família de puros-sangues. Ironicamente, o jipão acabou se transformando na salvação da Porsche e por tabela de seus tradicionais esportivos, pois trouxe novos clientes para a marca alemã. Agora, a segunda geração do Cayenne chega ao Brasil com preço sugerido a partir de R$ 379 mil, no caso da versão S, com motor 4.8 V8 de 400 cv.
“Irmão” do Volkswagen Touareg e do Audi Q7, com os quais divide plataforma, ele se tornou um objeto de desejo para os amantes de utilitários-esportivos não apenas pela aura de sua marca, mas também porque, desse trio, é o que traz mais elementos de esportividade. Heranças da tradição da Porsche neste universo.
Enquanto em outros jipões o velocímetro se destaca no painel de instrumentos, no Cayenne esse papel é do conta-giros. Ele ocupa a posição central e é maior que os outros mostradores. Isso porque, em competições, uma das principais preocupações do piloto é fazer o motor girar alto.
O volante é menor que o padrão do segmento e traz ondulações na parte de trás para encaixe perfeito das mãos. O encosto do banco é fino, lembrando o de modelos de competição. Ainda assim, não deixa a desejar no quesito conforto.
Aliar bem estar a bordo e esportividade, aliás, é uma lição de casa que o Cayenne fez muito bem. Ele tem, por exemplo, um sistema que adapta sua suspensão a diferentes tipos de condução. São três opções, que podem ser acionados no console central: Comfort, Normal e Sport. No primeiro modo, os amortecedores agem de maneira suave e o carro roda como um sedã de luxo.
O Normal é intermediário e o Sport, para quem gosta de emoções mais fortes. A suspensão fica tão firme que é possível sentir os impactos com o solo até nas vias com ótimo pavimento.
Nesta configuração mudam também as respostas do motor e do câmbio Tiptronic de oito velocidades. Ele passa a atuar com apenas seis marchas.
(Foto: Porsche/Divulgação)
Assim, fazer curvas chega a ficar fácil, até porque o modelo tem controle de estabilidade e tração 4×4 – recurso que pode ser desligado, se o motorista quiser ainda mais esportividade. As trocas de marchas também passam a ser feitas próximo ao limite de giro.
Com toda essa tecnologia, o Cayenne S vai da imobilidade a 100 km/h em apenas 5,9 segundos, de acordo com informações da Porsche. Isso para um modelo com mais de duas toneladas. Auxilia nessa tarefa o brutal torque de 50,6 mkgf, que está disponível em uma faixa de rotação média, 3.500 rpm.
(Foto: Porsche/Divulgação)