Quando a Chevrolet lançou o Celta no País, em setembro de 2000, “vendeu” a ideia de que o hatch era o modelo que os consumidores brasileiros queriam. Tecnologia, segurança, economia, desenho moderno, conveniência e simplicidade aliada ao conforto eram os atributos citados pela montadora para, segundo a empresa, o “primeiro carro especificamente projetado para o segmento dos veículos populares”.
O Celta “nasceu” com motor 1.0 a gasolina de 60 cv (o mais potente do segmento à época), duas portas e tabela de R$ 14 mil. Nada de ar-condicionado, direção hidráulica, travas ou vidros elétricos, rádio, alarme ou temporizador do limpador de para-brisas. Esses itens não eram disponíveis nem como opcionais. Apesar disso, a Chevrolet oferecia 23 opções de personalização para o carrinho.
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No lançamento, os interessados podiam fechar negócio via Internet, “de qualquer computador, inclusive de casa (â¦) 24 horas por dia, sete dias por semana”, informava o anúncio da GM. Bastava pedir uma pré aprovação de crédito, escolher a concessionária para a entrega e os itens de personalização e pagar o sinal com cartão de crédito. Superfácil…
Dois anos depois, a Chevrolet deu um “up-grade” no novato. O hatch ganhou carroceria de quatro portas e itens como vidros e travas elétricos eram instalados como acessórios nas concessionárias. Também em 2002, entrou em cena o motor 1.0 VHC (Very High Compression) de 70 cv, e a fabricante comemorou as 200 mil unidades vendidas.
Uma nova mudança mecânica chegou no fim de 2003, com o novo motor 1.4, na também nova versão Energy que, segundo a fabricante, havia ficado “ainda mais potente e sem perder a economia”. Eram 85 cv a 5.800 rpm e 11,8 kgfm a 3 mil rpm.
Com o 1.4, o Celta chegava aos 161 km/h e acelerava 0 a 100 km/h em 12,3 segundos. Já o consumo anunciado era de 11,7 km/l na cidade, 15,9 km/l na estrada, com média de 13,6 km/l. A versão Energy também podia receber itens como CD-player com opção para tocar arquivos MP3, além de cadeirinha de segurança para crianças.
O ano de 2005 foi marcado por vários acontecimentos para a linha Celta. Surgiram as versões Life, Spirit, Super e Off-Road (a última era um kit de acessórios para tornar o visual do hatch em “aventureiro”). No mesmo ano a GM celebrou a produção do Celta número 500 mil e a chegada da tecnologia flexível ao motor 1.0. A primeira reestilização só acontece em 2006.
Nos últimos 10 anos, a GM introduziu pequenas mudanças para que o modelo tentasse acompanhar a evolução do mercado, que surgia a todo instante com produtos mais modernas. De lá para cá vieram os novos Nissan March e Ford Ka, além de atualizações dos Volkswagen Gol e Fiat Palio, entre outros.
A última “mexida” de visual feita no Celta ocorreu em 2012, quando a GM abandonou a ideia de fazer uma nova geração do carrinho. Um ano depois a versão de duas portas deixou de ser produzida em Gravataí, no Rio Grande do Sul.
Atualmente, o modelo é tabelado a R$ 34.060 e vendido em única configuração, com quatro portas e motor 1.0 flexível de até 78 cv. Está disponível nas cores branca, vermelha, preta, cinza, prata e azul, e não tem opcionais. Sai de fábrica com freios ABS e air bags duplos (obrigatórios por lei desde o ano passado), travas e vidros elétricos, rodas de aço de 13 polegadas, ar-condicionado, direção hidráulica, relógio digital e tomada de força de 12V.
Recentemente, empresas que fornecem peças para a GM informaram que houve um corte extremo na solicitação de componentes para o modelo, o que indica corte no volume de produção. Uma dessas empresas teria questionado o motivo da redução da demanda e recebeu da montadora a confirmação de que o Celta chegara ao fim. A GM, por sua vez, informou que “não comenta especulações”.
Veja a evolução do Celta na galeria abaixo: