Leandro Alvares – Wuhu (China)
Não basta ser espaçoso, econômico, bem equipado ou ter manutenção barata. Para agradar a maioria dos consumidores brasileiros, os carros também precisam ser bonitos. Um detalhe que a Chery parece ter compreendido e aplicado à versão reestilizada do Tiggo, que começa a ser vendida em junho com preço estimado em R$ 56 mil – a tabela atual é de R$ 52.990.
Montado no Uruguai e bem equipado de série, com direito a freios ABS, direção hidráulica, rodas de liga leve e air bag duplo, entre outros, o utilitário-esportivo chinês ganhou desenho muito mais atraente, especialmente na dianteira. Os faróis estão mais afilados e passam a trazer LEDs de iluminação diurna.
Os vincos do capô ficaram proeminentes, conferindo um ar de robustez e menos “quadradão” ao jipinho. Na traseira, são novas as lanternas e a capa de cobertura do estepe.
O motor não sofreu alterações. Sob o capô, permanece o propulsor 2.0 a gasolina de 135 cv, que dá conta de mover com agilidade satisfatória os 1.375 kg do modelo. O torque máximo de 18,2 mkgf surge às 4.500 rpm.
A unidade avaliada dispunha de câmbio automático de quatro marchas, que passa a ser oferecido no País. Em condução suave, as trocas são executadas sem grandes soluços. Ao pisar fundo no acelerador, porém, as respostas da caixa são lentas e os trancos incomodam.
O que não dá para criticar no Tiggo é o espaço interno. A cabine acomoda bem cinco adultos relativamente e o porta-malas dispõe de bons 520 litros.
Melhoraram também tanto o acabamento quanto o visual do painel de instrumentos – este ficou mais cativante do que o de alguns concorrentes do Chery. Ainda assim, falta refinamento à cabine, que tem quantidade exagerada de plástico e o quadro (que tem fácil leitura) poderia ser um pouco mais moderno. Os botões do volante multifuncional, novidade no modelo, não têm operação muito intuitiva. E que tal uma luzinha no porta-luvas?