A Chevrolet fez a primeira reestilização no Cobalt, que ganhaou ares mais sofisticados. As principais mudanças foram no visual, bastante criticado na primeira fase do modelo. Frente e traseira ganharam linhas novas, mais agradáveis ao olhar do que antes. A marca também reorganizou as versões, eliminando as configurações básicas e aumentando o preço do carro em cerca de R$ 5 mil. A tabela parte de R$ 52.690 para a versão LT com motor 1.4, voltada para frotistas. Com motor 1.8, os preços partem de R$ 59.990 para o LTZ com câmbio manual.

Não houve qualquer mudança no conjunto mecânico. Continuam os motores 1.4, de até 102 cv com etanol, e 1.8 de até 108 cv oferecidos anteriormente, com o maior podendo ser acoplado a um câmbio automático de seis marchas. Com a transmissão automática, a tabela parte de R$ 65.990 para o LTZ automático. A versão de topo é a nova Elite, vendida a R$ 67.990.

Dentro, a novidade é a segunda geração do sistema MyLink, que tem suporte às plataformas Android auto e CarPlay, que espelha o conteúdo de alguns aplicativos na tela do sistema. Além disso, a versão de topo traz o sistema OnStar, que pode chamar serviços de emergência em caso de acidentes e tem até serviços de concierge para reserva de restaurantes e cinemas.

O acabamento, no entanto, continua igual, assim como o visual da cabine. Ha apenas opção por revestimento de couro marrom nas versões com motor 1.8, mas há predominância de plásticos rígidos na cabine, mesmo com as novas partes em preto brilhante. Ao menos, o espaço interno continua ponto alto do modelo, graças ao entre eixos de 2,62 metros, que abre bom vão para pernas no banco traseiro.

Primeiras impressões.Ao volante, nada muda no Cobalt. O sedã continua comportado, sem entregar grandes emoções ao motorista. O 1.8 tem bom torque em baixas rotações, o que ajuda na cidade, mas com giro alto, o propulsor é ruidoso e pouco instigante. Ao menos, o câmbio longo ajuda a manter as rotações baixas em ritmo de cruzeiro na estrada, mas falta fôlego em ultrapassagens e subidas de serra.

A transmissão, aliás, é um ponto alto do modelo. Manual de cinco marchas, o câmbio tem engates curtos e precisos, e o escalonamento das marchas é correto. O câmbio automático mantém as trocas rápidas, mas há alguma indecisão ao escolher a marcha correta, comportamento visto em retomadas mais vigorosas.

Em movimento, a suspensão é macia e absorve bem buracos e irregularidades da via. Em curvas, o sedã inclina sem muita cerimônia e não se deve esperar um comportamento muito esportivo do modelo.

O novo sistema MyLink é simples de usar, muito graças aos novos botões de comando. O volume passa ser operado por um botão giratório e a conexão com telefones pelas plataformas Android e Carplay é fácil de ser feita. Com elas, o sistema do Cobalt pode exibir informações de GPS (não há navegador embutido) e músicas online.