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Chevrolet Trailblazer 2020 é valente
Avaliação

Chevrolet Trailblazer 2020 é valente

Com poucas novidades, Chevrolet Trailblazer anda bem e é versátil no uso urbano

Tião Oliveira

31 de jul, 2019 · 8 minutos de leitura.

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Linha 2020 tem apenas versão Premier
Crédito:Foto: Werther Santana/Estadão
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O Chevrolet Trailblazer chega à linha 2020 em versão única, Premier. Além da nomenclatura, a novidade fica por conta de mais uma função no OnStar. Agora, os atendentes do assistente pessoal podem enviar indicações do serviço de concierge diretamente para os aplicativos Waze e Google Maps em uso no carro. Por ora, o serviço só está disponível para Android Auto. Ainda não há informações sobre quando o recurso será oferecido aos usuários do Apple CarPlay.

Os preços subiram. Com motor 3.0 V6 a gasolina de 265 cv, a tabela do Trailblazer Premier parte de R$ 193.190. Com o 2.8 turbodiesel de 200 cv, são R$ 235.990. Os aumentos foram de, respectivamente, R$ 3.300 e R$ 4 mil. O câmbio é sempre automático de seis marchas e a tração é nas quatro rodas com reduzida.

O visual, assim como a ampla lista de itens de série, não mudaram. O SUV sai da fábrica de São José dos Campos (SP) com um bom pacote de equipamentos de segurança. Entre os destaques há sensores de obstáculos na dianteira com alerta de risco de colisão, monitores de ponto cego e de saída involuntária da faixa de rolamento.

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Bom também é o aviso de tráfego na traseira. Juntamente com as câmeras atrás, o recurso é útil na hora de sair da vaga de estacionamento. Air bags laterais e do tipo cortina, controles de tração e estabilidade e acionamento automático dos faróis e limpadores de para-brisa são de série. Assim como o assistente de partida em rampas e o de descida em aclives.

Dos itens de conforto há até partida do motor à distância. Dá para ligar o ar-condicionado de fora do carro e deixar a cabine com a temperatura escolhida. Os bancos são de couro. O do motorista tem ajustes elétricos para assento e encosto.

O Trailblazer tem 4,88 metros de comprimento, 1,90 m de largura e 2,85 m de distância entre os eixos. Como comparação, o Hilux SW4 mede, respectivamente, 4,79 m, 1,85 m e 2,75 m. O Toyota, que também está na linha 2020, parte de R$ 262.590 na versão SRX turbodiesel.


O SUV da Chevrolet leva até sete pessoas. Os bancos da segunda fila trazem sistema Isofix para ancoragem de assentos infantis. Com sete a bordo, a capacidade do porta-malas é de 205 litros. Já com a terceira fileira recolhida, são 554 l.

Em movimento

Por causa das dimensões e do motor, o Trailblazer é aquele tipo de carro que costuma ser associado a viagens. Nesta avaliação, feita apenas na cidade, o SUV foi aprovado.

Segundo a Chevrolet, o Trailblazer é um utilitário “raiz”. A alfinetada nos cada vez mais comuns crossovers, que têm cara de SUV e pouca (ou nenhuma) capacidade off-road, faz sentido.


O modelo é parrudo. A versão avaliada, com motor turbodiesel, dispõe de bons 51 mkgf. Como essa força fica disponível cedo, às 2 mil rpm, o SUV acelera com vigor. E não faz feio mesmo nas saídas de semáforo, a despeito de seus 2.161 kg.

Contribui para isso um recurso batizado pela GM de CPA. O módulo eletrônico gerencia o acoplamento da transmissão. O resultado são acelerações e retomadas de velocidade bem rápidas. Além disso, o sistema reduz o nível de ruído e vibração do trem de força, de acordo com informações da fabricante.

Outra virtude, ainda segundo a GM, é o aumento da eficiência energética. Trocando em miúdos, o SUV responde prontamente aos comandos do acelerador. Isso sem que o consumo de combustível seja muito sacrificado.


Econômico

De acordo com o Inmetro, o Trailblazer pode rodar, em média, 10,5 km com um litro de diesel na estrada. Na cidade, são 8,4 km por litro.  Como o tanque tem capacidade para 75 litros, ao menos em tese a autonomia do SUV chega aos 800 km.

As suspensões encaram sem medo vias esburacadas e isolam os ocupantes dos impactos com buracos. A da dianteira é independente com braços articulados, molas helicoidais e barra estabilizadora. Atrás, o sistema é do tipo 5-Link, com molas helicoidais e barra estabilizadora.

No uso urbano, o utilitário se saiu muito bem. Lombadas e depressões no asfalto são superadas sem esforço. Mérito também dos pneus 265/60 calçados em rodas de liga leve de 18 polegadas.


Os ajustes da direção com assistência eletro-hidráulica agradaram. Em baixa velocidade, é fácil manobrar o SUVão. Em vias rápidas, o peso do volante aumenta e a sensação de segurança nas mudanças de trajetória é total.

O sistema multimídia MyLink tem Android Auto e Apple CarPlay instalados. Se houver um acidente grave, os atendentes do OnStar recebem um aviso e entram em contato rapidamente com os ocupantes. Também é possível bloquear o motor e rastrear o veiculo remotamente em caso de furto ou roubo.

Prós
Trem de força
Motor 2.8 entrega torque total em baixa rotação e conversa bem com o câmbio automático.


Contras
OnStar “manco”
Única novidade da linha 2020, recurso incorporado ao assistente pessoal não roda no Apple CarPlay.

Ficha técnica

Preço sugerido: R$ 235.990
Motor: 2.8, 4 cil., 16V, turbodiesel
Potência (cv): 200 a 3.600 rpm
Torque (mkgf): 51 a 2.000 rpm
Direção: eletro-hidráulica
Câmbio: automático, seis marchas
Tração: 4×4 com reduzida
Pneus e rodas: 285/60 R18
Comprimento: 4,89 metros
Largura (sem espelhos):  1,9 metro
Distância entre os eixos: 2,85 m
Porta-malas: 554 litros (com a 3ª fila recolhida)

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