Luís Felipe Figueiredo
Maior mercado de automóveis do mundo desde 2009, quando passou os Estados Unidos, a China apresenta há mais de cinco anos crescimento contínuo de pelo menos dois dígitos. Em 2010 foram vendidos 18,1 milhões de veículos no país.
Para este ano a entidade que representa os fabricantes na China vai rever sua previsão de crescer entre 10% e 15%. A causa foi o encerramento, pelo governo, de programas de incentivo às compras e o aumento dos preços dos combustíveis. Apesar disso, as fabricantes devem fechar 2011 com produção acima de 18 milhões de unidades.
Continua depois do anúncio“Mais de 90% desse volume destina-se ao mercado interno”, afirma o diretor Comercial da CN Auto, Humberto Gandolpho Filho. A importadora representa no Brasil as marcas Jinbei, Hafei e, a partir de junho, a Brilliance.
Há mais de 40 marcas na China. Segundo Sergio Habib, presidente da JAC, entre as independentes cinco se destacam: Geely (que comprou a sueca Volvo), BYD, Great Wall e Chery, além da própria JAC.
Outras fabricantes são parceiras de montadoras internacionais, como as alemãs Audi, BMW e Mercedes-Benz, que têm na China seu principal mercado, além das gigantes Volkswagen e GM. A lei do país determina que para atuar lá, elas formem parcerias com empresas locais – que fornecem estrutura e mão de obra. As estrangeiras entram com a tecnologia.
Gandolpho diz que na China também há forte demanda por veículos comerciais, caminhões e ônibus. Lá o pagamento é feito, em sua maioria, à vista. “Eles não têm o hábito de financiar.”