Tião Oliveira
‘É mesmo um avião?” A resposta à pergunta, feita por um colega de um grande portal de internet sobre o DS5, é sim. O “cockpit” do hatch francês que a Citroën está lançando no Brasil com tabela de R$ 124.900, envolve o motorista e reúne tantos botões, comandos e detalhes que remete àquela clássica imagem da cabine de aeronaves.
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Trata-se do segundo de três carros da família DS a vir ao País. O primeiro foi o hatch DS3, lançado em maio. O outro será o DS4, previsto para 2013.
Topo da gama, o DS5 compartilha o motor 1.6 turbo de 165 cv com os irmãos. Mas é o primeiro Citroën no País com câmbio automático de seis marchas – o DS4 será o próximo e no DS3 a caixa é manual, também de seis velocidades.
Na dianteira, chamam a atenção a grade e os grandes faróis bixenônio com facho direcional. Os vincos no capô conferem um aspecto musculoso às linhas do carro.
Com apenas 1,51 metro de altura, a carroceria parece ser menor que seus 4,53 metros de comprimento. São 4 cm a menos que o mexicano Chevrolet Captiva, por exemplo.
Os 2,73 metros de entre-eixos se traduzem em amplo espaço interno. Mesmo com o teto “caindo” na extremidade, até três pessoas vão com conforto no banco traseiro. O bagageiro pode acomodar as malas de cinco pessoas sem dificuldade.
CAPRICHO – Além da profusão de botões para ativar todo tipo de recurso eletrônico, o interior do DS5, que é oferecido em versão única, chama a atenção pelo requinte do acabamento. Painel e console são feitos de um material macio e agradável ao toque. E os bancos revestidos de couro em dois tons têm massageadores e ajustes elétricos de assento e encosto.
O teto de vidro traz cortinas internas que podem ser acionadas individualmente. Dá para abrir e fechar apenas a parte sobre o motorista e/ou passageiro da frente e/ou os de trás.
Para tornar mais agradável a vida a bordo, há ar-condicionado digital com duas zonas de resfriamento. A central multimídia inclui navegador GPS, som com comandos no volante e entradas USB e auxiliar, além de conexão Bluetooth.
Ao engatar a marcha a ré ativa-se a câmera de auxílio a manobras. As imagens são projetadas na tela central de 7”.
Eletrônica e plano de revisões são destaques – O DS5 é repleto de soluções eletrônicas. Abrir e fechar as portas e dar a partida no motor, por exemplo, não requerem que a chave seja acionada. Há controles de tração e estabilidade, auxílio para saída em subidas e freios ABS.
É fácil encontrar a melhor posição de guiar e a direção, com assistência elétrica, tem boas respostas. Seja no trânsito ou em manobras para estacionar.
Em movimento, o DS5 mostra fôlego para sair na frente dos outros carros em semáforos e na hora de fazer ultrapassagens. Mérito do consagrado trem de força desenvolvido em parceria com a BMW.
A suspensão mantém o hatch firme em curvas, mas é ruidosa sobre pisos acidentados, assim como ocorre com outros carros da marca. Um dos pecados do DS5 é a reduzida distância em relação ao solo, que faz com que a dianteira raspe em qualquer rampinha.
E, embora não seja um esportivo, bem que esse francês poderia ter hastes para trocas de marcha atrás do volante. A solução só tornaria sua condução ainda mais agradável.
Disponível em todas as 167 concessionárias do País, o DS5 tem três anos de garantia. A cobertura chega a 12 anos no caso de corrosão perfurativa.
O plano de manutenção prevê revisões a cada 10 mil quilômetros por preços fixos. A dos 60 mil km, por exemplo, custa R$ 810 valor que pode ser pago em até três vezes.