Os carros autonômos estão em evidência, uma vez que as montadoras como Volvo e Mercedes-Benz investem na tecnologia. Porém, para torná-la viável, o primeiro passo é o Controle de Cruzeiro Adaptativo, ou ACC. O sistema entrega algo a mais do que o que conhecemos, no Brasil, como “piloto automático” de carros. Ele é capaz de frear e acelerar o veículo sem interferência do motorista. O condutor define a velocidade de cruzeiro e a distância em relação ao carro da frente por meio de comandos, geralmente localizados no volante.
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O dispositivo tem um radar, montado no para-choque dianteiro, para emitir um sinal de ultrassom. Quando esse sinal encontra um objeto à frente - pode ser um pedestre, um animal ou outro veículo -, ele é rebatido para que o computador calcule a distância, algo conhecido como efeito Doppler. Nos sistemas mais modernos, há ainda câmeras que fazem a leitura da rodovia para que o carro permaneça dentro da faixa de rolamento - convertendo, inclusive, curvas. “O motorista, no entanto, deve ficar com as mãos no volante para corrigir eventuais erros de trajetória. Se ele não interage com o carro, o sistema desliga automaticamente”, explica o consultor técnico da Audi Lothar Wernighaus.
Apesar de poder ser usado em cidades, o ACC é mais comumente utilizado em estradas, uma vez que o dispositivo ainda não lê placas e semáforos - uma solução que já está em desenvolvimento. Também costuma ser associado a sistemas de frenagem de emergência para auxiliar o motorista em situações mais extremas, como encontrar outro veículo totalmente parado à frente.
Assim como ABS e air-bags, que antigamente só eram encontrados em carros topo de linha, o ACC ainda é caro, mas a tendência é que se popularize com o tempo. No Brasil, apenas modelos importados oferecem o dispositivo, a maioria produzidos por marcas de luxo. O modelo mais em conta com ACC (opcional) vendido no País é o novo Golf 1.4, por R$ 104.890.