Rafaela Borges
Renovado e agora brasileiro, o anteriormente mexicano Fiesta chegou ao mercado em junho trazendo como destaque sua lista de equipamentos de série, com tecnologias inéditas no segmento de carros compactos. Porém, a maior parte desses itens está disponível apenas na versão com motor 1.6. A opção de entrada do Ford, equipada com o 1.5 e participante deste comparativo, não traz os mesmos diferenciais e, assim, não foi páreo para o também novato Peugeot 208.
A opção 1.5 do hatch produzido em Porto Real (RJ) sobressaiu ao Ford feito em São Bernardo do Campo (SP) por ter interior mais bem acabado, ser mais gostoso de dirigir e trazer lista de equipamentos mais extensa.
Isso, no entanto, só ocorre quando se incluem os opcionais. Considerando as versões mais básicas, é o Fiesta que leva vantagem nos itens. Com preço sugerido de R$ 38.990 na opção S, ante os R$ 39.990 do rival na Active, ele traz a mais retrovisores elétricos e sistema de som com entrada USB.
De série, ambos contam com freios ABS, dois air bags, ar-condicionado e direção, travas e vidros dianteiros elétricos. Por R$ 42.490, o Fiesta SE acrescenta rodas de liga leve, faróis de neblina e um pacote de acabamento que deixa o interior um pouco mais requintado.
É na recém-lançada versão Active Pack, a R$ 42.990, que os equipamentos do Peugeot se destacam. Além dos dois itens do Fiesta SE, tem outros que não estão disponíveis em nenhuma opção do Ford 1.5: volante de couro – com comando para as funções do rádio – e central multimídia com sistema de som e navegador GPS, entre outros. Dá ainda para levar teto solar panorâmico, também não oferecido no Ford. O item faz parte da versão Allure, de R$ 45.990.
Os dois motores são flexíveis e dispensam o tanque auxiliar para partida a frio. O do Fiesta é um pouco mais moderno. Com comando variável de válvulas, gera até 111 cv. O do 208 tem 93 cv com etanol. Os quase 20 cv fazem diferença, principalmente em rodovias. O Ford é mais rápido em acelerações, atingindo altas velocidades com facilidade.
Mudança de versão altera o resutado
Em maio, o Fiesta e o 208 se enfrentaram em comparativo que incluiu outros três modelos: Citroën C3, Chevrolet Sonic e Fiat Punto. Na ocasião a vitória ficou com a Ford, pois as versões em questão eram as de topo, equipadas com câmbio automático e motor 1.6.
Mas uma simples mudança de configuração, que inclui motor e acabamento, resultou em conclusão bem diferente. Itens primordiais para a vitória do Fiesta, como controle eletrônico de estabilidade, comando variável de válvulas duplo e câmbio automatizado, não estão incluídos na versão 1.5.
O Peugeot, em contrapartida, não tem na opção com o motor menor seu principal problema: a defasada e cheia de trancos transmissão automática. Sem ela, o carro é um exemplo de dirigibilidade. Vitória para o modelo fluminense.
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