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VW Jetta de entrada encara Honda HR-V em duelo de preços
Comparativo

VW Jetta de entrada encara Honda HR-V em duelo de preços

Modelos distintos têm tabelas similares com novo Jetta básico custando R$ 99.990 e HR-V intermediário a R$ 98.700

José Antonio Leme

13 de mar, 2019 · 7 minutos de leitura.

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Jetta 250 TSI tem rodas menores, mas lista de itens de série ainda é boa. HR-V é menos equipado
Crédito:Foto: Gabriela Biló/Estadão
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A Volkswagen lançou a nova geração do Jetta no País em setembro, e em dezembro chegou às ruas a versão 250 TSI, de entrada, com preço de R$ 99.990. Aqui, ele enfrenta o utilitário-esportivo compacto Honda HR-V, na versão intermediária EX, que custa R$ 98.700. O SUV passou por reestilização recentemente.

Na briga de diferentes produtos, mas com aptidão familiar e preços semelhantes, melhor para o Jetta. O sedã é superior em equipamentos, motor, ergonomia e usabilidade e tem mais espaço no porta-malas.

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O VW ainda levou nota máxima em manutenção, pois as três primeiras revisões (consideradas nos comparativos) são gratuitas. A favor do HR-V, além do preço um pouco inferior, há acabamento, instrumentos, seguro e suspensão.

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Com motor 1.4 turbo flexível de 150 cv e 25,5 mkgf independentemente do combustível usado, o Jetta anda mais que o HR-V. O SUV tem um 1.8 de até 140 cv (com gasolina) e 17,4 mkgf (com etanol).

Além do torque de 8 mkgf extras, que chega mais cedo, fazendo as arrancadas do carro mais vigorosas, o sedã tem câmbio automático de seis marchas que entrega respostas melhores que as lentas do CVT do Honda.


O pênalti do Jetta é não ter aletas para trocas atrás do volante na versão de entrada, enquanto o HR-V não traz opção de mudanças na alavanca. A resposta de direção é mais direta no VW, apesar de as do SUV serem boas também (característica comum nos carros da Honda). A suspensão mais firme do sedã o deixa melhor nas curvas, mas ele sofre com buracos.

A do HR-V continua firme, mas tem nova calibração e lida melhor com buracos. Com o centro de gravidade mais baixo, o Jetta é melhor em estabilidade.

O túnel central alto do VW rouba espaço de quem viaja no meio do banco de trás. O do HR-V é menor. A ergonomia de ambos é boa, mas o sedã médio vai muito melhor na usabilidade de diversos botões e da central multimídia.


Jetta é mais equipado

O porta-malas do Jetta tem 510 litros, contra os 437 litros do compartimento do HR-V. Dá para colocar objetos mais altos até a tampa do SUV, mas cabem mais coisas no sedã médio.

De série, o Jetta tem seis air bags (quatro no HR-V), faróis de LEDs, ar-condicionado de duas zonas, central multimídia com integração a aplicativos e espelhamento da tela do celular, sensores de obstáculos na frente e atrás, start-stop, assistente de partida em rampa e sensor de pressão dos pneus.

O Honda traz ar-condicionado de uma zona e faróis halógenos. A mais que o sedã, oferece câmera de ré e faróis de neblina. A central multimídia do HR-V é menor e menos funcional e os comandos no volante são menos intuitivos.


O acabamento do SUV é bem melhor. Há couro no painel e nas portas, além de amplo revestimento emborrachado. O do Jetta é mais simples, e as portas traseiras têm muito plástico duro. O visual do HR-V tem mais estilo e personalidade, enquanto o do sedã é muito parecido com o dos demais VW.

O painel do Jetta é mais fácil de ler, prático e muito funcional, mas não “enche” os olhos quando se olha para ele. Já o do HR-V tem detalhes cromados e luzes que mudam de cor para identificar a condução econômica.

Opinião

O prazer de um bom sedã


São tantos SUVs lançados e avaliados que vamos nos acostumando com as facilidades e pontos negativos desses carros. Tanto que aos poucos eles começam a parecer as opções mais lógicas. Comparar produtos por faixa de preço, por outro lado, pode trazer boas surpresas, como Jetta, que faz duelo com o HR-V. Apesar de ser da versão de entrada, o Volkswagen me fez relembrar o prazer que é dirigir um bom sedã. O modelo mexicano tem espaço ideal, motor adequado (não perfeito), boa lista de equipamentos e ergonomia excelente. Desaponta-me o acabamento e o visual, que precisam de mais personalidade, ainda que o sedã médio consiga se diferenciar bem do irmão menor Virtus e do maior, Passat. A dirigibilidade refinada é um dos predicados do três-volumes. Surpreendeu-me o bom porta-malas, que permite transportar vários volumes com facilidade, mesmo tendo dobradiças com braços articulados (“pescoço de ganso”), que roubam espaço.


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