Depois de perder o primeiro lugar no ranking de vendas para o HR-V em junho, o Compass agora abriu boa vantagem no primeiro lugar do segmento de SUVs. De 1 a 27 de julho, o modelo da Jeep teve 3.755 unidades emplacadas.
Faltando dois dias de emplacamentos para o encerramento do mês (28 e 31), a vantagem é de 674 unidades. O HR-V teve 3.081 unidades vendidas.
O Compass já tinha vendido mais que o HR-V em abril e maio. Porém, nas duas ocasiões, a vantagem foi bem menor – de cerca de 350 unidades.
Porém, no acumulado do ano, o Honda ainda leva vantagem. De 1º de janeiro a 27 de julho, teve 26298 emplacamentos. O Compass está 550 unidades atrás, e dificilmente descontará essa desvantagem em dois dias.
QUEDA
Julho caminha para ser um dos piores meses do HR-V no ranking de vendas. O modelo, que no mês passado integrou o “top 10”, e frequentemente fica entre as 11ª e 12ª posições, deverá ficar apenas em 15º lugar.
A queda não pode ser atribuída à “canabilização” do irmão WR-V. Isso porque o novato, por ora, teve apenas 1.303 unidades vendidas. O número é inferior ao que tinha registrado em meses anteriores – entre 1.800 e 1.600 unidades.
Por outro lado, o líder tende a perder participação com a chegada de novos modelos. Desde o início do ano, diversos modelos do segmento de utilitários compactos chegaram às lojas, a exemplo de Creta, Captur, Tracker reestilizado e Kicks nacional – além do próprio WR-V.
O Compass, em compensação, aparece muito bem no ranking de vendas geral. Até 27 de julho, ele aparece na nona posição.
NÚMEROS DO SEGMENTO
O Compass, que é utilitário-médio e tem preço inicial de cerca de R$ 100 mil (ante a média de R$ 75 mil dos compactos), é até agora o primeiro colocado do segmento de SUVs. O HR-V, apesar da queda no ranking geral, manteve o segundo lugar.
A terceira posição foi mantida pelo Creta, com 2.883 emplacamentos. O Renegade ganhou uma posição ante junho. Foi de quinto para quarto, com 2.688 unidades vendidas.
Isso porque o EcoSport, que estava indo bem mesmo em fim de ciclo (graças a vendas diretas e promoções), despencou de vez no ranking de julho. Até o dia 27, o modelo teve apenas 1.269, e caiu para a sétima posição.
Com a nova geração, que chega em agosto, a expectativa é de que as vendas do Ford voltem a avançar.
O Kicks, que ganhou versão nacionalizada (e mais barata), foi o quinto SUV mais vendido (2.166 emplacamentos). Em sexto apareceu o WR-V.
O Tracker foi o oitavo colocado (992), seguido por SW4 (949) e ix35 (934).
O Duster continua com vendas em queda. No segmento de SUVs, foi o 13º mais vendido, com 616 emplacamentos. Entre os compactos feito no Brasil e em países cujos modelos não recolhem imposto de importação (Argentina e México), ele é o último colocado.
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1- DESENHO
Inspirado no Jeep Grand Cherokee, o Compass atual é uma enorme evolução ante o modelo anterior e um carro propriamente bonito, com proporções corretas e ar de robustez característico da marca.
2 - MOTOR DIESEL
O Compass é o único do segmento a oferecer opção de motor a diesel, o valente 2.0 Multijet de 170 cv, o mesmo que equipa o Renegade e a picape Fiat Toro.
3 - PORTA-MALAS
O porta-malas leva bons 410 litros, bem mais que o diminuto compartimento do Renegade.
4 - TRAÇÃO INTEGRAL
As versões com motor diesel também trazem sistema de tração integral, com modos de condução que configuram o carro para rodar em areia, pedras, lama ou bloqueia o diferencial para máxima tração.
5 - CÂMBIO DE NOVE MARCHAS
As versões a diesel são equipadas com o ótimo câmbio automático de nove marchas, que ajuda a extrair o melhor do 2.0 de 170 cv. As trocas são rápidas e há apenas alguma indecisão para selecionar a marcha correta em alguns momentos, mas funcionamento é bom. No flexível, são seis marchas.
1 - PREÇO DAS VERSÕES DE TOPO
O Compass diesel mais barato custa R$ 139.914 na versão intermediária Longitude, valor elevado, apesar do conjunto competente. A versão de topo Limited com motor flexível sai a R$ 129.990, também elevados.
2 - CONSUMO
Mesmo com motor moderno e câmbio de nove marchas, as versões flexíveis sofrem com alto consumo. Com etanol no tanque, são comuns médias na casa dos seis quilômetros por litro na cidade.
3 - DESEMPENHO
As versões flexíveis também têm desempenho apenas mediano, mesmo com o câmbio de nove marchas trabalhando bastante. As acelerações são comedidas e não espere muitas emoções ao volante.
4 - ACABAMENTO
Os materiais usados até são de qualidade, mas há muita mistura de texturas na cabine e montagem não passa impressão de muita robustez interna.
5 - ELETRÔNICA
Alguns sistemas eletrônicos do Compass têm sensibilidade exagerada, como o sensor de ponto cego, que apita alto toda vez que algum carro ou moto ao menos passe pela lateral do modelo. Isso ocorre mesmo que o motorista não faça menção de mudar de faixa em direção ao carro escondido.