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Conheça as vantagens do eixo direcional
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Conheça as vantagens do eixo direcional

Marcas como Audi, BMW e Porsche têm carros que esterçam todas as rodas; conheça o sistema

30 de mar, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 Conheça as vantagens do eixo direcional

Todo mundo já viu a cena: para conseguir estacionar, o motorista de um carro grande tem de repetir várias vezes a manobra de ir para frente e para trás, até conseguir alinhar o veículo com a vaga. Para atenuar o esforço, marcas como Audi, BMW e Porsche oferecem eixo traseiro direcional – também esterça. As vantagens vão muito além de ajudar a estacionar: o sistema melhora a estabilidade.

No Audi Q7, utilitário-esportivo de mais de 5 metros que acaba de chegar ao País, o recurso está no pacote que acrescenta R$ 32 mil aos R$ 399.990 da tabela do jipão. Da BMW, o dispositivo está no sedã Série 7 e no Série 6 Gran Coupé. O sistema está ainda nas versões Carrera, Turbo e GT3 do 911.

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As três marcas alemãs utilizam soluções técnicas semelhantes. Em baixa velocidade, as rodas traseiras viram na direção oposta à das dianteiras. Isso facilita as manobras, porque, ao projetar a traseira para o lado externo da curva, o diâmetro de giro diminui.

Em velocidades altas ocorre o contrário. As quatro rodas esterçam no mesmo sentido, o que melhora a estabilidade e torna a direção mais direta.Ao esterçar em sentidos opostos, as quatro rodas “encurtam” virtualmente a distância entre os eixos. No caso do Porsche 911, é como se o cupê diminuísse de tamanho, já que o diâmetro de giro é reduzido em 40 cm (para 10,7 metros).

A partir de 80 km/h, as quatro rodas viram no mesmo sentido. Isso se traduz em maior estabilidade e mudanças de trajetória mais rápidas.Obviamente, um leve esterço nas rodas traseiras é suficiente para obter esses resultados. Em baixa velocidade, as rodas do Audi Q7 esterçam apenas 5 graus. Em regimes elevados, situação na qual as rodas dos dois eixos viram para o mesmo lado, o esterçamento não excede os 3,5 graus.


Pioneiros. Nos carros atuais, a eletrônica controla todo o trabalho das rodas de trás, mas nem sempre foi assim. Nos anos 80 e 90, alguns modelos franceses, como o Peugeot 306 e os Citroën ZX e Xsara, ofereciam eixo traseiro direcional, mas o sistema era bem rudimentar. A suspensão utilizava buchas elásticas, que em curvas se movimentavam dentro de certos limites, por causa do esforço a que eram submetidas em curvas.

Além desses, os japoneses Subaru SVX, Mitsubishi 3000 GT, Honda Prelude e Nissan (Skyline GT-R, 240Z e Fairlady, entre outros) também eram equipados com sistemas que permitiam o esterçamento das rodas do eixo traseiro.


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