Leandro Alvares
Protótipos para lá de invocados e superesportivos com preparação de corrida vão percorrer mais de mil quilômetros hoje, a partir das 12h, no autódromo de Interlagos, durante a segunda edição da 6 Horas de São Paulo. A prova é válida pela quarta etapa do Mundial de Endurance, categoria famosa por corridas como a 24 Horas de Le Mans (França) e 24 Horas de Nürburgring (Alemanha). Ainda há ingressos disponíveis – os preços partem de R$ 72.
Mais de 30 carros estarão alinhados no grid, divididos em quatro categorias: LMP1, LMP2, LMGTE PRO e LMGTE AM. Em todas elas, as equipes devem ter, no mínimo, três pilotos. As duas primeiras englobam protótipos, veículos que os fãs das pistas certamente verão brigando pelo primeiro lugar da classificação geral.
Continua depois do anúncioA LMP1 reúne equipes oficiais de montadoras. Audi (com o R18 e-tron quattro) Toyota (TS030 Hybrid) e Honda (HPD ARX-03c) são as participantes. Conforme o regulamento, os motores não podem ter mais de oito cilindros e devem respeitar as seguintes cilindradas: 3,4 litros para os modelos de aspiração normal a gasolina (Toyota e Honda), 2 litros para os turbo a gasolina e 3,7 para os turbodiesel (Audi). As transmissões são sequenciais de seis marchas.
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Os protótipos de Audi e Toyota dispõem ainda de propulsão híbrida. Os dois contam com motores elétricos, cujas baterias são alimentadas pela energia dissipada nas frenagens. O R18 e-tron quattro, vencedor das primeiras três etapas, tem motor de 496 cv e torque superior a 86 mkgf. Sua velocidade máxima é de 340 km/h, segundo informações da Audi.
O motor do TS030, por sua vez, gera 530 cv e, embora o Toyota ainda não tenha chegado na frente em 2013, destaca-se por ter vencido a edição da 6 Horas de São Paulo de 2012.
Na LMP2, as equipes de fábrica são vetadas. As independentes devem comprar os chassis de protótipos das montadoras, bem como os motores. Estes precisam ser versões de modelos feitos em série. Atualmente, são usados os Nissan de 4,5 litros e Judd de 3,6. Os dois são aspirados e V8.
Turismo. Tanto a LMGTE PRO quanto a LMGTE AM têm grid composto por superesportivos derivados de modelos “de rua” e de marcas como Aston Martin, Chevrolet, Ferrari e Porsche. Há, porém, uma série de modificações para deixá-los mais velozes e seguros, como o uso de fibra de carbono na estrutura, gaiola de segurança, aerofólio e defletores.
Na PRO, são permitidos apenas pilotos profissionais. O ex-competidor de Fórmula 1 Bruno Senna, por exemplo, é um dos nomes que participam dessa classe, pela Aston Martin. A AM abre espaço para amadores. Os motores das categorias GTE não podem exceder 5,5 litros nos modelos de aspiração normal e 4 litros nos turbo. Atualmente, as equipes usam apenas propulsores aspirados: Corvette 5.5 V8, Ferrari e Aston Martin 4.5 V8 e Porsche 4.0 V6.