Os motores turbinados vieram para ficar e representam um salto de eficiência em relação aos motores de aspiração natural. O princípio é relativamente simples, onde uma turbina empurra mais ar para a câmara de combustão, proporcionando uma explosão mais poderosa e, assim, mais potência.
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A turbina é movimentada pelos gases do escapamento e o sistema permite que um determinado motor consiga entregar níveis de força semelhantes ao de propulsores maiores, mas de aspiração natural.
Durante muito tempo, os turbos foram usados quase exclusivamente para dar desempenho mais esportivo aos carros, com respostas mais abruptas. Com turbinas menores e gerenciamento eletrônico, foi possível adicionar também economia de combustível à equação.
No entanto, há alguns tipos de turbo no mercado. Desde o sistema mais simples, até conjuntos com quatro turbos, usado pela BMW no X5 diesel de topo. Os menos complexos usam apenas um rotor, que é impulsionado pelos gases do escapamento.
Os de rotor duplo, chamados pela BMW de TwinScroll, têm duas hélices sobrepostas. O sistema promete respostas mais rápidas porque os rotores conseguem atingir velocidades mais altas mais rápido. Geralmente, as hélices têm tamanhos diferentes, e precisam de menos pressão do escapamento para girarem mais rápido e empurrarem mais ar para os cilindros.
Os turbos de geometria variável usam apenas um rotor, mas tem pás que podem mudar sua posição e alterar o comportamento dos gases que chegam à turbina. Eles permitem melhor comportamento em baixas e altas rotações e são uma solução mais simples do que os twinscroll. Em rotações mais baixas, as pás se fecham e comprimem os gases, forçando a turbina a girar mais rápido. Em rotações mais altas, as pás se abrem e permitem que mais gases de escapamento girem a turbina.
Mais turbos
Em motores com dois turbos, há dois esquemas usados. Quando os turbos funcionam em paralelo, as duas turbinas giram sempre, geralmente alimentando bancadas diferentes de motores. Por isso, o sistema costuma ser usado em motores V6, V8 ou V12. Os turbos têm o mesmo tamanho e forçam mais ar para os motores do que um turbo único.
Quando as turbinas são sequenciais, uma turbina é usada para rotações mais baixas, e a segunda entra em ação em rotações mais altas. O sistema pode ser usado também em motores menores para dar mais força ao propulsor. É comum que nesse esquema, as turbinas tenham tamanhos diferentes. A usada em rotações menores costuma ser menor, para respostas mais rápidas e acabar com as atrasos nas respostas.
Os motores com três ou quatro turbos, caso do Bugatti Chiron e dos BMW diesel de maior capacidade funcionam de forma semelhante aos biturbo, sequenciais ou em paralelo.
Turbo elétrico
A tecnologia mais recente de sobrealimentação é o uso de turbinas com acionamento elétrico. Elas não dependem dos gases de escapamento para funcionarem e são acionadas imediatamente. Dessa forma, a entrega de força é imediata. Assim que o motorista pressiona o pedal do acelerador, a força extra está disponível.
O sistema pode ser usado em conjunto a turbinas convencionais, como no Audi SQ7 a diesel.