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Consumidor opta por 4×4 mesmo sem usar
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Consumidor opta por 4×4 mesmo sem usar

A disponibilidade do recurso traz tranquilidade para enfrentar eventuais situações arriscadas

25 de mar, 2015 · 6 minutos de leitura.

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 Consumidor opta por 4x4 mesmo sem usar
A tração integral pesou na escolha do Mitsubishi Outlander pelo contador Vinicius Pacovski

Quando o médico Fulvio Amaral resolveu trocar seu hatch por um Honda CR-V, viu que a versão EXL tinha opções com e sem tração nas quatro rodas. A diferença de preço entre elas beirava os R$ 7 mil e só a mais barata tinha pronta entrega, mas ele insistiu pelo modelo 4×4.

Engana-se, porém, quem pensa que Amaral costuma se embrenhar em trilhas quando pendura o jaleco. “O CR-V tem tração integral por demanda, que entra em ação automaticamente, mas nunca precisei usá-lo. Só rodo nos fins de semana e no asfalto. Mas ouvi que os modelos 4×4 têm melhor aderência, e preferi ter um carro completo. Se precisar, está lá.”

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A postura do médico é comum a vários consumidores. Diretor de engenharia da Mitsubishi, Reinaldo Muratori explica que muitos optam por modelos 4×4 por segurança. “É uma questão de prevenção, assim como ter um carro com oito air bags. O cliente não pretende usar, mas gosta de saber que, em uma situação mais arriscada, terá o recurso.”

O especialista ressalta que a tração nas quatro rodas não serve só para adeptos do off-road e pode ser útil também no uso cotidiano. “Associada aos controles de tração e estabilidade, evita situações de perigo. Em curvas em alta velocidade ou terrenos escorregadios, a segurança é maior”, afirma.

Muratori diz que há sistemas diferentes para cada tipo de modelo. Enquanto os de vocação fora de estrada vêm com tração integral e reduzida, que permite vencer obstáculos severos, além de lama, pedras e terrenos íngremes, carros menores têm sistemas por demanda, com foco na segurança.


BASTA SABER USAR
Não basta ter um modelo 4×4: é preciso conhecer o recurso. A empresária Sylvana Rodrigues diz que fica mais tranquila ao saber que seu Range Rover Evoque tem tração integral, mas reconhece que não sabe ativar o sistema. “Quem entende de carro é o meu marido. Só sei dirigir, botar gasolina e pegar filho na escola. Se precisar acionar a tração, será pelo celular, ligando para o meu marido ou o vendedor da loja”, brinca.

Ela não submete o utilitário a grandes desafios. “Viajo com ele, mas nunca por trilhas. O máximo que fiz foi pegar um atalho na areia em Cabo Frio, no litoral fluminense.”

Já o contador Vinicius Pacovski diz que usufrui da tecnologia de seu Outlander a cada dois meses, quando vai acampar em Ibiúna, no interior paulista. “Um carro convencional até chega, mas com um 4×4 é bem mais fácil. Já subi uma ladeira bem íngreme com chuva sem problemas”, conta.


Para ajudar seus clientes a tirar proveito dos carros, marcas como Mitsubishi e Land Rover organizam eventos em que ensinam a usar os dispositivos. A primeira promove os ralis Motorsports, além de ações na pista Velo Città, em Mogi Guaçu, no interior paulista. Já a Land Rover mantém um centro de experimentações em Itatiba, a 80 km da capital.

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