
Eles podem até estar distantes da realidade dos brasileiros, mas os pneus específicos para neve e gelo são uma das pontas de lança no que se refere ao desenvolvimento de tecnologias. Esses produtos se caracterizam, principalmente, pelos cravos encrustados na banda de rodagem. As pequenas peças metálicas são fundamentais para possibilitar dirigibilidade sobre pisos muito escorregadios.
Pneus com cravos são indicados apenas para situações críticas, quando mesmo os de inverno, que utilizam borracha bem mais grossa e macia que os comuns – e são capazes de drenar mais água – , não conseguem oferecer a segurança necessária. Como são muito direcionados, se a neve derreter e o motorista precisar trafegar por asfalto comum, os cravos metálicos serão rapidamente consumidos pelo atrito e o pneu perderá seu propósito.
Para tentar contornar o problema, a fabricante de pneus finlandesa Nokian (ela foi integrante do Grupo Nokia) desenvolveu um conceito de pneu com cravos retráteis. O modelo é baseado no Hakkapeliitta 8, para utilitários esportivos, e tem cravos acionados ao toque de um botão no painel. A Nokian, no entanto, não divulgou informações sobre o funcionamento do pneu.
Estratégia semelhante foi usada pela americana Q Tires. O sistema adotado pelo pneu Q Celsius usava, separada da câmara de ar principal, uma outra. Esta se enchia por meio da abertura de uma válvula controlada remotamente. O próprio motorista acionava o sistema e, feito isso, os 120 cravos encrustados na banda de rodagem saltam para fora.
No entanto, a ideia não foi bem aceita e o Q Celsius saiu rapidamente do mercado.
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MICHELIN DESENVOLVEU PNEU À PROVA DE FUROS
A Michelin desenvolveu em 2005 o Tweel, um interessante pneu conceitual que dispensa o ar. O modelo usa uma banda de rodagem reforçada, ligada à parte interna da roda por uma estrutura de poliuretano.
Segundo o vice-presidente de comunicação técnica da fabricante, Dominique Aimon, o Tweel tem maior durabilidade por ser imune a furos. A tecnologia, no entanto, não tem data para chegar ao mercado.