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Cresce oferta de automáticos e automatizados
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Cresce oferta de automáticos e automatizados

O trânsito carregado das grandes cidades não mexe só com o ânimo dos motoristas ? faz mudar também suas preferências, o que inclui o aumento da oferta de opções com câmbio automático e automatizado, inclusive para modelos compactos

18 de ago, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Cresce oferta de automáticos e automatizados

MILENE RIOS

O trânsito carregado das grandes cidades não mexe só com o ânimo dos motoristas - faz mudar também suas preferências, o que inclui o aumento da oferta de opções com câmbio automático e automatizado, inclusive para modelos compactos.

“Quase todo mundo quer ter câmbio automático, mas a diferença de preço, entre R$ 3 mil e R$ 4 mil pesa no bolso de quem quer um popular ”, diz o consultor da ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa. “A tendência é que com o aumento da demanda, os valores baixem, assim como ocorreu com os air bags.”

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A Chevrolet iniciou o movimento dos compactos “sem pedal de embreagem” em 1997 com o Corsa Sedan automático. Mas a onda só pegou dez anos depois com o Peugeot 206. No ano seguinte veio o Citroën C3 e, em 2009, os automatizados Fiat Palio Dualogic e VW Gol I-Motion. Agora é a Renault que estreia versões automáticas de Sandero e Logan.

Essas versões respondem por um a cada dez modelos vendidos. O gerente da Renault AR Motors, no Morumbi, Mario Luiz Fernandes Júnior, confirma o volume. “Há um mês à venda, o Sandero automático já representa 10% do mix do modelo.”

O vendedor da Fiat Paulitália,em São Caetano do Sul, Alexandre Vieira, diz que há falta de produto. “Não temos muitos no estoque e a procura é grande”, afirma. “A maioria dos clientes busca um carro manual, mas quando tem o automatizado, no mínimo, fazem um test-drive.”


Segundo a Fiat, 51% dos Palio 1.6 têm câmbio Dualogic. Essa caixa está disponível só para a versão Essence, a R$ 39.230. São R$ 2.370 de acréscimo ante a mesma configuração manual.

Novo conceito
Até a década de 90, o câmbio automático era quase uma exclusividade de importados. “Isso mudou a partir de 1997 e 1998, quando Honda Civic e Toyota Corolla passaram a ser feitos no País”, afirma o consultor Arnaldo Brazil, da MSX International. “Hoje é muito difícil ver um sedã médio manual. O conceito é outro.”

Nos carros menores a popularização deve ocorrer de forma mais lenta. “Em uma década os automáticos repre sentarão 50% do mix dos compactos, pois o custo-benefício sempre vai falar mais alto ”, diz Garbossa.


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