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As montadoras começaram 2015 com paralisações temporárias na produção (lay-off), demissões voluntárias e incertezas econômicas. Essa crise produziu reflexos no setor de pneus, que, no primeiro quadrimestre, teve uma queda geral de 2%, passando de 25,37 milhões de unidades em 2014 para 24,86 milhões de unidades em 2015.
O segmento mais afetado foi o de pneus de carga, cujas vendas caíram 17,5% no período janeiro-abril de 2015, ante o mesmo período do ano passado, passando de 3,056 para 2,520 milhões de pneus. Greves, aumentos de combustível, recessão econômica e mudança na regulamentação para os caminhoneiros influenciaram o cenário negativamente.
Os números refletem a situação apresentada pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) com o Índice ABCR de Atividade, que mede o fluxo de veículos nas estradas concedidas à iniciativa privada. O resultado de abril mostrou queda de 6,1% no tráfego de veículos pesados. Já os dados da Anfavea mostram queda de 46,9% na venda de caminhões novos em abril deste ano, ante o mesmo mês de 2014.
Para reverter esse cenário, a ANIP, associação que congrega as indústrias de pneus, defende que o governo tome medidas que possibilitem o incremento da exportação desses produtos, que caiu 13,5%. A entidade diz que o pneu nacional não é competitivo pois o custo das matérias-primas importadas subiu, agravado pelo imposto de importação de 30%. O custo da mão de obra, a alta tributação e a falta de acordos comerciais também pesam.