Tião Oliveira
A Subaru partiu do Impreza para criar o XV, crossover que preserva as qualidades do sedã e tem como apelo a “aventura urbana”, como apregoa a fabricante. Tabelado a R$ 99 mil, o modelo importado do Japão tem, como destaque, o ótimo conjunto mecânico, formado por motor quatro-cilindros, boxer, a gasolina, de 155 cv, câmbio CVT e tração integral permanente.
No visual, o XV mantém a identidade da linha da qual deriva. Exceto pela parte inferior do para-choque e as molduras dos faróis auxiliares, a dianteira é praticamente igual à da “família” Impreza. O mesmo ocorre com a traseira e o interior, que é amplo e acomoda quatro adultos com bastante conforto.
Ser um “Imprezão” não é um demérito. Nas ruas, o Subaru chama bastante a atenção – além de ser muito raro, o crossover tem visual bem invocado.
Com 4,45 metros de comprimento e 1,78 metro de largura, o XV tem dimensões próximas às de um Cobalt – no sedã da Chevrolet são 4,48 metros e 1,73 m, respectivamente. Na altura, o modelo japonês está mais para perua do que para utilitário-esportivo. Ele é 6 cm mais baixo que um Ford EcoSport.
Já os 2,63 metros de distância entre-eixos, deixam área de sobra para as pernas de quem vai atrás. Mesmo com os bancos dianteiros recuados, passageiros com mais de 1,8 metro não se sentirão apertados.
Não à toa, os veículos da Subaru são chamados de “carros de engenheiro”. Seja na cidade ou em trechos rodoviários, o XV é muito bom de guiar.
A direção, com assistência elétrica é firme, sem ser pesada. Graças a recursos como regulagem de altura e profundidade do volante, é fácil encontrar a melhor posição de guiar, que está mais para um utilitário-esportivo que para uma minivan.
O motor de cilindros contrapostos gera 20 mkgf e consegue mover o carro, que pesa mais de 1.400 quilos, a contento. Parte dessa agilidade é creditada à transmissão de relações continuamente variáveis, que permite fazer trocas rápidas de marcha. E sem trancos.
As suspensões são calibradas na medida certa entre a rigidez e o conforto. Combinadas aos pneus 255/5 R17, filtram bem as irregularidades e mantém o XV firme em curvas, sem grandes oscilações da carroceria.
O senão é o porta-malas, que acomoda as bagagens de um casal e dois filhos com tranquilidade apenas em viagens curtas. Com 310 litros de capacidade, tem volume semelhante ao do bagageiro de modelos compactos, como o Citroën C3.